Quase 70% dos italianos veem aumento do racismo no país
ROMA, 06 DEZ (ANSA) - Um relatório sobre a situação social da Itália divulgado nesta sexta-feira (6) mostra que 69,8% dos habitantes do país acreditam em um aumento dos episódios de intolerância e racismo contra migrantes ao longo do ano.
Os dados foram compilados pelo Centro de Estudos e Investimentos Sociais (Censis), instituto de pesquisa socioeconômica que produz estatísticas anuais sobre a percepção dos italianos sobre a sociedade.
A sensação de aumento do racismo é maior no centro da Itália (75,7%) e no sul (70,2%) e entre os idosos (71%) e as mulheres (72,2%). Além disso, 58% dos entrevistados acreditam ter havido um crescimento do antissemitismo.
O país tem convivido nos últimos meses com recorrentes casos de racismo no futebol, envolvendo desde torcedores até a imprensa, e com a falta de ações concretas para combater a discriminação racial.
Para 50,9% dos entrevistados, o aumento dos episódios de racismo se deve às dificuldades econômicas e à insatisfação geral da população. Outros 35,6% o atribuem ao crescimento do medo de ser vítima de crimes, o que, por si só, já seria um sentimento racista. 23,4% creem que isso depende do excesso de migrantes, mas 20,5% pensam que os italianos são pouco abertos em relação a estrangeiros.
Quanto ao machismo, 73,2% das pessoas estão convencidas de que a violência contra a mulher é um problema real da sociedade italiana. Entre 1º de agosto de 2018 e 31 de julho de 2019, segundo o Censis, a Itália registrou 92 casos de feminicídio no ambiente familiar ou afetivo.
"Homem forte" - O Censis também descobriu que 48% dos italianos gostariam de um "homem forte no poder", que não precisasse se preocupar com Parlamento e eleições. Esse percentual sobe para 56% entre pessoas de baixa renda.
Por outro lado, 62% defendem que a Itália permaneça na União Europeia, e 61% apoiam a manutenção do euro. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Os dados foram compilados pelo Centro de Estudos e Investimentos Sociais (Censis), instituto de pesquisa socioeconômica que produz estatísticas anuais sobre a percepção dos italianos sobre a sociedade.
A sensação de aumento do racismo é maior no centro da Itália (75,7%) e no sul (70,2%) e entre os idosos (71%) e as mulheres (72,2%). Além disso, 58% dos entrevistados acreditam ter havido um crescimento do antissemitismo.
O país tem convivido nos últimos meses com recorrentes casos de racismo no futebol, envolvendo desde torcedores até a imprensa, e com a falta de ações concretas para combater a discriminação racial.
Para 50,9% dos entrevistados, o aumento dos episódios de racismo se deve às dificuldades econômicas e à insatisfação geral da população. Outros 35,6% o atribuem ao crescimento do medo de ser vítima de crimes, o que, por si só, já seria um sentimento racista. 23,4% creem que isso depende do excesso de migrantes, mas 20,5% pensam que os italianos são pouco abertos em relação a estrangeiros.
Quanto ao machismo, 73,2% das pessoas estão convencidas de que a violência contra a mulher é um problema real da sociedade italiana. Entre 1º de agosto de 2018 e 31 de julho de 2019, segundo o Censis, a Itália registrou 92 casos de feminicídio no ambiente familiar ou afetivo.
"Homem forte" - O Censis também descobriu que 48% dos italianos gostariam de um "homem forte no poder", que não precisasse se preocupar com Parlamento e eleições. Esse percentual sobe para 56% entre pessoas de baixa renda.
Por outro lado, 62% defendem que a Itália permaneça na União Europeia, e 61% apoiam a manutenção do euro. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.