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STF aprova extradição de acusado de integrar máfia italiana

7.nov.2019 - A ministra Cármen Lúcia, presidente da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) - Carlos Alves Moura/SCO/STF
7.nov.2019 - A ministra Cármen Lúcia, presidente da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) Imagem: Carlos Alves Moura/SCO/STF

17/12/2019 21h12

SÃO PAULO, 17 DEZ (ANSA) - A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou nesta terça-feira (17) a extradição do italiano Patrick Assisi, condenado a mais de 30 anos de prisão por tráfico de drogas pela Justiça da Itália e suspeito de ter conexão com a máfia 'Ndrangheta, uma das principais organizações criminosas do país europeu.

Assisi está detido na penitenciária federal em Brasília desde julho deste ano, quando foi encontrado pela Polícia Federal (PF) em uma cobertura de luxo na Praia Grande, litoral paulista. Na ocasião, as autoridades apreenderam armas, munições, cocaína, maços de euros, dólares e R$ 770 mil, além de celulares e documentos falsos.

A operação foi batizada como "Barão Invisível" e realizada em parceria com a Interpol e a Polícia da Itália. Patrick fora detido junto com seu pai, Nicola Assisi, condenado na Itália a 14 anos de prisão por tráfico de drogas e ligação com um braço da máfia calabresa.

O grupo mafioso 'Ndrangheta, com origem na região da Calábria, sul de Itália, controlaria 40% dos envios globais de cocaína, representando o principal esquema criminoso importador para a Europa.

A dupla de italianos é suspeita de ser correspondente da máfia 'Ndrangheta na América do Sul. Ambos estavam foragidos desde 2014, havendo notícia de que passaram por Portugal e Argentina utilizando-se de nomes falsos.

Com a decisão do STF, a expectativa é de que Patrick seja mantido na prisão até o fim do trâmite legal da extradição, que deve ser efetivada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.