Vacina contra o coronavírus será testada em humanos na Itália durante verão
Um consórcio de três empresas europeias de biotecnologia e farmacêuticas planeja iniciar os testes em humanos de uma candidata a vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) no próximo verão europeu, que começa no fim de junho, na Itália.
O grupo é formado pela Reithera, com sede na região metropolitana de Roma; pela Leukocare, de Munique (Alemanha); e pela Univercells, de Charleroi (Bélgica). "Atualmente, a Reithera está desenvolvendo as atividades preparatórias para iniciar a experimentação clínica de fase 1 e 2 na Itália durante o verão de 2020", diz uma nota do consórcio.
"A produção em larga escala será iniciada logo depois", acrescenta o comunicado. A possível vacina está sendo desenvolvida a partir da proteína "spike", que o Sars-CoV-2 usa para agredir as células humanas, inserida em um adenovírus de chimpanzés.
O vírus inativo é usado para transportar a sequência genética correspondente à proteína "spike" do Sars-CoV-2. As três empresas do consórcio anunciaram o projeto hoje, unindo a experiência da Reithera em vacinas baseadas em adenovírus, a da Leukocare em vacinas de vetores virais e a da Univercells na manufatura em larga escala.
O consórcio também pretende desenvolver uma fórmula que garanta a estabilização da vacina por longos períodos e facilite sua distribuição. Paralelamente, Alemanha e Reino Unido também já autorizaram os testes em humanos de duas candidatas a vacina contra o novo coronavírus, que já contaminou mais de 2,6 milhões de pessoas e deixou 184 mil mortos no mundo todo.
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