Covid-19: Papa pede a países ricos que usem verba de armas para pesquisas
O papa Francisco pediu neste sábado (25) para que os governos ajudem com "sabedoria e generosidade" as pessoas que "não têm o necessário para viver" em meio à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e que revertam para pesquisas a verba utilizada para o desenvolvimento de armas.
Apenas os Estados Unidos gastaram US$ 685 bilhões no ano passado com a indústria militar, o equivalente a R$ 3,8 trilhões em valores de hoje, mais da metade do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro previsto para 2020, R$ 7,3 trilhões.
Na missa realizada na Casa de Santa Marta, Francisco pediu para que os líderes dos países consigam planejar "soluções sociais e econômicas com visão e espírito de solidariedade" para ajudar os mais necessitados.
"Ajudar os líderes das nações para que trabalhem com sabedoria, preocupação e generosidade, ajudando aqueles que não têm o necessário para viver, planejando soluções sociais e econômicas com visão e espírito de solidariedade", disse o papa.
Armas
O líder da Igreja Católica também solicitou que as "grandes somas usadas para aumentar e aperfeiçoar armamentos" sejam destinadas para "estudos adequados para evitar desastres semelhantes no futuro".
Em sua declaração, Francisco também relembrou das pessoas responsáveis pelos serviços funerários. O Papa afirmou que é um ofício "doloroso" e fez uma oração para eles.
"Ó Virgem Maria, volte seus olhos misericordiosos para nós nesta pandemia do coronavírus e conforte aqueles que estão perdidos e chorando por seus mortos queridos, às vezes enterrados de uma maneira que machuca a alma. Apoie aqueles que estão ansiosos por pessoas doentes com quem não podem ficar próximos para evitar o contágio", disse Francisco.
Na oração, o Papa ainda pediu proteção para os profissionais de saúde que estão na linha de frente na luta contra a Covid-19. O Pontífice orou para que os médicos e enfermeiros tenham "força, bondade e saúde".
De acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, há quase três milhões de casos confirmados no mundo inteiro e quase 198 mil mortes.
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