Monumento a migrantes é 'embalado' em Lampedusa, na Itália
PALERMO, 04 JUN (ANSA) - O ato de vandalismo contra o monumento "Porta da Europa" em Lampedusa, na Itália, será investigado por autoridades nacionais, informou na noite desta quarta-feira (03) a prefeita da ilha, Totò Martello.
O monumento erguido em 28 de junho de 2008 para celebrar o espírito de acolhimento aos migrantes que chegam à ilha, apareceu "embalado" em sacos plásticos e enrolado em adesivos entre a noite do dia 2 de junho e a madrugada do dia 3. A princípio, as autoridades locais acreditavam que alguém quis homenagear o artista plástico búlgaro Christo Vladimirov Javacheff, que morreu no dia 31 de maio, e que era famoso por "embalar" prédios públicos como forma de arte contemporânea. Porém, logo percebeu-se que tratava-se de um ato de vandalismo por conta dos constantes desembarques de migrantes em Lampedusa.
Só nesta quarta-feira, por exemplo, 44 pessoas chegaram à ilha.
"É uma ação mesquinha que faz mal à imagem de Lampedusa e, sobretudo, faz mal aos moradores daqui. Eu imediatamente denunciei às autoridades competentes e vou ficar feliz quando os responsáveis forem localizados. O Estado deve reafirmar a sua presença na ilha e deve fazer isso através de ações concretas de apoio a uma comunidade que continua a 'manter aberta' a porta em nome do respeito aos direitos humanos, mesmo com os enormes sacrifícios e mesmo que alguns tenham a intenção de fechá-la", ressaltou Martello.
Para a prefeita, a "Porta da Europa é um dos símbolos da nossa ilha e da nossa comunidade" e é uma obra conhecida também internacionalmente. "Vê-la atacada dessa maneira tão vulgar é uma ferida que nos faz mal e nos preocupa", disse ainda.
O primeiro líder nacional a se manifestar publicamente sobre o caso foi o presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, que prestou solidariedade tanto para a prefeita como para os moradores de Lampedusa. "Quero enviar um abraço à distância. O ataque à 'Porta da Europa' é um gesto a ser condenado com força. Nós temos o dever como instituição de estar ao lado de todos os cidadãos e sermos presentes em todas as situações difíceis. Há anos, Lampedusa é um território que nos deixa orgulhosos porque sempre colocou em primeiro plano a proteção da vida humana", ressaltou Fico.
Lampedusa é uma das principais localidades italianas na questão da crise migratória, sendo uma das portas de entrada mais famosas do país por conta da imensa quantidade de estrangeiros que tentam chegar à Europa em busca de uma vida melhor. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O monumento erguido em 28 de junho de 2008 para celebrar o espírito de acolhimento aos migrantes que chegam à ilha, apareceu "embalado" em sacos plásticos e enrolado em adesivos entre a noite do dia 2 de junho e a madrugada do dia 3. A princípio, as autoridades locais acreditavam que alguém quis homenagear o artista plástico búlgaro Christo Vladimirov Javacheff, que morreu no dia 31 de maio, e que era famoso por "embalar" prédios públicos como forma de arte contemporânea. Porém, logo percebeu-se que tratava-se de um ato de vandalismo por conta dos constantes desembarques de migrantes em Lampedusa.
Só nesta quarta-feira, por exemplo, 44 pessoas chegaram à ilha.
"É uma ação mesquinha que faz mal à imagem de Lampedusa e, sobretudo, faz mal aos moradores daqui. Eu imediatamente denunciei às autoridades competentes e vou ficar feliz quando os responsáveis forem localizados. O Estado deve reafirmar a sua presença na ilha e deve fazer isso através de ações concretas de apoio a uma comunidade que continua a 'manter aberta' a porta em nome do respeito aos direitos humanos, mesmo com os enormes sacrifícios e mesmo que alguns tenham a intenção de fechá-la", ressaltou Martello.
Para a prefeita, a "Porta da Europa é um dos símbolos da nossa ilha e da nossa comunidade" e é uma obra conhecida também internacionalmente. "Vê-la atacada dessa maneira tão vulgar é uma ferida que nos faz mal e nos preocupa", disse ainda.
O primeiro líder nacional a se manifestar publicamente sobre o caso foi o presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, que prestou solidariedade tanto para a prefeita como para os moradores de Lampedusa. "Quero enviar um abraço à distância. O ataque à 'Porta da Europa' é um gesto a ser condenado com força. Nós temos o dever como instituição de estar ao lado de todos os cidadãos e sermos presentes em todas as situações difíceis. Há anos, Lampedusa é um território que nos deixa orgulhosos porque sempre colocou em primeiro plano a proteção da vida humana", ressaltou Fico.
Lampedusa é uma das principais localidades italianas na questão da crise migratória, sendo uma das portas de entrada mais famosas do país por conta da imensa quantidade de estrangeiros que tentam chegar à Europa em busca de uma vida melhor. (ANSA)
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