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Queimadas na Amazônia sobem 28% em julho, informa Inpe

Queimada é vista na floresta Amazônia nas proximidades de Porto Velho, em Rondônia - Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress
Queimada é vista na floresta Amazônia nas proximidades de Porto Velho, em Rondônia Imagem: Bruno Rocha/Fotoarena/Folhapress

03/08/2020 08h03

O mês de julho registrou um aumento de 28% nas queimadas na região da Amazônia na comparação com o mesmo período do ano passado, informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ontem.

Em números totais, foram 6.803 focos de incêndio durante o mês, com o ápice nos últimos dois dias: foram 1.500 registrados em 30 e 31 de julho. A quantidade de incêndios é a maior registrada para o mês desde 2017 e, segundo informações da ONG Greenpeace, o acúmulo de focos nos dois dias - especialmente em 30 de julho, quando foram 1.007 - é o maior desde julho de 2005.

O alerta do Inpe é que a quantidade de queimadas deverá continuar muito alta nos próximos meses porque 45% da área desmatada registrada neste ano ainda deve passar por esse processo.

O avanço ocorre em meio às promessas do governo de Jair Bolsonaro de combater os focos e desmonta a versão de que eles são causados por "indígenas e pequenos ribeirinhos", já que as áreas queimadas ficam no meio da floresta.

A destruição, inclusive, foi alvo tanto de críticas internacionais como de megaempresas brasileiras, que veem seus negócios serem afetados pelo aumento das queimadas e da devastação. O ano de 2019 foi recorde no tema, com alta de 30%.

O governo até emitiu um decreto de proibição de queimadas por 120 dias - a partir de 15 de julho -, mas os efeitos não foram vistos. O próprio Bolsonaro ironizou a medida, dando uma risada ao afirmar que "uma coisa é o decreto chegar lá" entre os que fazem as queimadas.