Suécia suspende pagamento para Pfizer por dúvida sobre doses
O governo da Suécia informou nesta terça-feira (26) que suspendeu os pagamentos para a compra de vacinas anti-Covid da Pfizer por conta da mudança na quantidade de doses por ampolas.
A princípio, a farmacêutica - que criou o imunizante com a alemã BioNTech, informou que cada uma das unidades tinha cinco doses - o que depois foi aumentado para seis.
"Isso é inaceitável. Se um país tem a possibilidade de receber só cinco doses, ele recebeu menos doses pelo mesmo preço", disse o coordenador da campanha de vacinação, Richard Bergström, ao jornal "Dagens Nyheter".
Na mesma reportagem, o epidemiologista-chefe do governo, Anders Tegnell, informou que os pagamentos serão suspensos "até que nós tenhamos clareza sobre o que se aplica".
O representante afirmou que espera que a Comissão Europeia, que foi quem assinou o contrato, se reúna com a Pfizer para esclarecer quantas doses foram de fato compradas com a alteração da quantidade por ampolas.
A polêmica sobre a quantidade de doses por frasco vem se estendendo durante todo o mês, já que para conseguir extrair as seis doses é preciso um tipo específico de agulha e seringa - que tenha a capacidade de "volume morto de não mais de 35 microlitros", conforme explica a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).
O imunizante deve ser descongelado e diluído com 1,8ml de uma solução injetável de cloreto de sódio. Após o procedimento, a ampola tem 2,25ml.
Em 8 de janeiro, o órgão europeu publicou que era possível retirar a maior quantidade de doses por ampolas e até trocou o rótulo dos frascos para a informação. "Se forem usadas seringas e agulhas padrão, talvez não seja o suficiente para extrair a sexta dose da vacina da ampola", dizia o comunicado.
A Pfizer sempre informou que vendeu a vacina, chamada de Comirnaty, por doses e que isso não afetaria os valores.
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