França contraria OMS e anuncia 3ª dose para 'mais frágeis' em setembro
PARIS, 11 AGO (ANSA) - A França vai aplicar a terceira dose das vacinas anticovid na população "mais frágil" a partir do mês de setembro, anunciou o porta-voz do governo, Gabriel Attal, após uma reunião ministerial hoje.
A decisão, que já havia sido antecipada, contraria o pedido da OMS (Organização Mundial de Saúde) para que os países ricos ajudem a vacinar contra o coronavírus Sars-CoV-2 parte da população das nações mais pobres.
Conforme dados da própria OMS, os ricos já têm mais de 50% de suas populações-alvo imunizadas, enquanto os africanos, por exemplo, tem apenas 2% dos moradores totalmente protegidos.
Além das vacinas, Attal destacou que o encontro determinou outros pontos importantes no combate à covid-19, como os controles nas fronteiras "ainda mais drásticos". Entre as medidas anunciadas, "100% dos viajantes que venham de países em risco serão submetidos a exames".
O representante ainda informou que, a partir da metade de outubro, os testes para detectar a doença, sejam os RT-PCR ou os rápidos, não serão mais oferecidos gratuitamente pelo governo.
"Os testes não protegem ninguém e os testes repetidos não conseguem impedir que você vá para o hospital", pontuou.
De acordo com os dados do portal Our World in Data, a França tem cerca de 65,5% da população em processo de vacinação, sendo que 50,5% estão completamente imunizados. O site da Universidade Johns Hopkins mostra que o país contabiliza, desde o início da pandemia, 6,4 milhões de casos e 112,5 mil mortes.
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