Macron cobra 'ressarcimentos' por pedofilia na Igreja
O presidente da França, Emmanuel Macron, comentou nesta quarta-feira (6) o relatório que aponta mais de 300 mil vítimas de pedofilia na Igreja Católica no país e disse que a sociedade precisa de "verdade e ressarcimentos".
Em coletiva de imprensa após uma reunião de líderes da União Europeia em Brdo, na Eslovênia, o mandatário elogiou o "espírito de responsabilidade da Igreja" por ter decidido "olhar na cara" da crise, mas cobrou sequência a esse processo.
"Espero que o trabalho continue de maneira lúcida e pacífica.
Nossa sociedade precisa disso. Precisamos da verdade e de ressarcimentos", acrescentou Macron.
O relatório foi preparado por uma comissão independente nomeada pela Conferência Episcopal da França e presidida pelo magistrado Jean-Marc Sauvé. Ao fim de dois anos e meio de investigação, o documento concluiu que pelo menos 216 mil crianças e adolescentes foram vítimas de pedofilia por parte de padres e outros clérigos da Igreja francesa desde 1950.
No entanto, esse número chega a 330 mil quando também se leva em conta agressores leigos que trabalhavam para as instituições católicas, como sacristãos e professores. De acordo com o relatório, o número de padres pedófilos no país entre 1950 e 2020 é estimado entre 2,9 mil e 3,2 mil.
"Desejo expressar às vítimas minha tristeza e minha dor pelo trauma que elas sofreram e também minha vergonha, nossa vergonha, pela longa incapacidade da Igreja de colocar isso no centro de suas preocupações", disse o papa Francisco nesta quarta-feira.
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