Após ataques terroristas, Papa pede fim da violência
CIDADE DO VATICANO (ANSA) - O papa Francisco lembrou dos recentes ataques cometidos na Inglaterra, no Afeganistão e na Noruega durante a celebração do Angelus deste domingo (17) e pediu o fim da violência em todo o mundo.
"Exprimo a minha proximidade aos familiares das vítimas. Vos peço, por favor, para abandonar a via da violência que é sempre perdedora, que é uma derrota para todos. Lembremos que a violência gera violência", disse aos fiéis ao fim da cerimônia.
A fala referia-se a três ações ocorridas na última semana. Na sexta-feira (15), o deputado conservador David Amess foi esfaqueado até a morte por um homem de 25 anos, identificado como Ali Harbi Ali em uma igreja enquanto se reunia com eleitores para prestar contas de seu mandato.
No mesmo dia, um ataque terrorista realizado pelo grupo Estado Islâmico de Khorasan (EI-K ou Isis-K) matou ao menos 41 pessoas que estavam fazendo orações em uma mesquita xiita em Kandahar, no sul do Afeganistão.
Na quarta-feira (13), o dinamarquês Espen Andersen Brathen matou cinco pessoas e feriu outras duas em um ataque com arco e flechas na cidade de Kongsberg, na Noruega.
Descer do pedestal
Durante o Angelus, Francisco também alertou que ser cristão é "descer do pedestal para servir os outros".
"O verbo 'emergir' exprime a mentalidade mundana que estamos sempre sendo tentados: viver todas as coisas, até as nossas relações, para alimentar a nossa ambição, para subir os degraus do sucesso, para atingir postos mais importantes. A busca pelo prestígio pessoal pode se tornar uma doença do espírito, que se mascara de boas intenções. Por exemplo, quando por trás do bem que fazemos e pregamos, buscamos apenas nós mesmos e a nossa afirmação", afirmou aos fiéis.
"Contra essa lógica mundana, Jesus contrapõe a sua: ao invés de subir acima dos outros, descer do pedestal para servir; ao invés de emergir sobre os outros, mergulhar na vida dos outros", acrescentou.
Segundo o líder católico, há também na Igreja os "escaladores" e que "nós, cristãos, devemos ser servos". (ANSA).
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