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Risco de UTI é quase 40 vezes maior para não vacinados na Itália

Paciente com covid-19 internado em UTI - Reinaldo Canato/UOL
Paciente com covid-19 internado em UTI Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Roma

22/01/2022 10h22

Um novo relatório publicado pelo Instituto Superior de Saúde (ISS), órgão ligado ao governo italiano, neste sábado (22) mostrou que o risco de uma pessoa não vacinada contra a covid-19 ser internada em uma unidade de terapia intensiva (UTI) é 39,1 vezes maior do que quem tomou as três doses.

A taxa de internação entre os não vacinados é de 31,3 pessoas a cada 100 mil; entre os que têm o ciclo vacinal completo com a dose de reforço é de apenas 0,8 a cada 100 mil.

O documento ainda focou no índice de mortes entre os não vacinados e os totalmente imunizados: entre os primeiros, a taxa fica em 52,9 pessoas a cada 100 mil habitantes; no segundo, despenca para 1,6 a cada 100 mil.

O ISS ainda confirmou a tendência vista no último relatório, de que a eficácia em evitar o contágio cai após 90 dias. Diminui para 53,2% entre 90 e 120 dias da segunda dose e para 34,7% após 120 dias. Quem toma a terceira aplicação, tem uma queda no mesmo período, mas um pouco menos acentuada, de 66,7% após os 90 dias e de 66,1% após 120.

No entanto, as vacinas cumprem com sua função de evitar casos graves. A eficácia nesse entre os vacinados além de 90 dias é de 94,9%; entre 91 e 120 dias é de 93,1%; e além de 120 dias é de 88,6%. Ou seja, a pessoa vacinada pode ter um risco maior de se contagiar, mas muito menor de desenvolver a covid-19 com gravidade.

Segundo a última atualização do Ministério da Saúde, feita na madrugada deste sábado, a Itália tem 90,22% de sua população com mais de 12 anos com ao menos uma dose e 87,08% com as duas.

Outros 74,6% já tomaram a aplicação de reforço.

Já entre as crianças de 5 a 11 anos, que começaram a ser vacinadas em 16 de dezembro do ano passado, 26,9% já iniciaram o ciclo vacinal e 6,83% tomaram as duas doses.