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Itália apreendeu 900 milhões de euros em bens de russos

Até o momento, entre os ativos congelados estão contas bancárias, iates e até propriedades de oligarcas russos no país liderado pelo premiê Mario Draghi - Tiziana Fabi/ AFP
Até o momento, entre os ativos congelados estão contas bancárias, iates e até propriedades de oligarcas russos no país liderado pelo premiê Mario Draghi Imagem: Tiziana Fabi/ AFP

01/04/2022 15h15Atualizada em 01/04/2022 19h50

O ministro das Relações Exteriores da Itália, Luigi Di Maio, anunciou nesta sexta-feira (1º) que o governo já confiscou cerca de 900 milhões de euros em bens de oligarcas russos no país como retaliação contra a guerra na Ucrânia.

"Cumprimos rigorosamente nossas obrigações internacionais em matéria de sanções e, portanto, também sobre a apreensão dos bens na Itália das pessoas listadas, que não se limitam a bens móveis", explicou o chanceler italiano em entrevista ao jornal alemão Bild.

De acordo com Di Maio, o valor total dos bens apreendidos pelo governo italiano é de aproximadamente 900 milhões de euros.

"Fomos oportunos e rigorosos, e continuaremos sendo", acrescentou.

Até o momento, entre os ativos congelados estão contas bancárias, iates e até propriedades de oligarcas russos no país liderado pelo premiê Mario Draghi. No total, mais de 500 pessoas ou entidades russas já foram alvos de sanções europeias.

Durante a entrevista, o ministro também disse que a "Itália está disponível para contribuir com os esforços de negociação em andamento, no papel de garantidor de possíveis soluções de neutralidade para a Ucrânia e oferecendo sua experiência no campo dos modelos para a proteção das minorias".

"Assim como a Alemanha, também a Itália sempre apoiou e continuará a favorecer uma solução diplomática para a crise na Ucrânia, que acreditamos ser o único caminho para uma paz sustentável, mas que infelizmente ainda não encontrou espaço", enfatizou.

O chanceler italiano reforçou que "a agressão russa contra a Ucrânia exige também a máxima compacidade europeia nesta frente" e afirmou que "a definição de um novo quadro de regras torna-se ainda mais necessária pela crescente necessidade de investimentos em bens públicos estratégicos europeus e para a aceleração da transição energética".