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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Putin condecora divisão militar acusada de massacre em Bucha

Vladimir Putin, presidente da Rússia - Mikhail Klimentyev/Sputnik/AFP
Vladimir Putin, presidente da Rússia Imagem: Mikhail Klimentyev/Sputnik/AFP

Da ANSA, em Moscou (Rússia)

18/04/2022 13h56

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, condecorou a 64ª Brigada Independente de Fuzileiros Motorizados com o título de "Guardas" nesta segunda-feira (18), repercute a mídia russa. O grupo é considerado o responsável pelo massacre de centenas de civis na cidade ucraniana de Bucha.

No decreto publicado, o mandatário elogia os militares por seu "heroísmo e tenacidade, determinação e coragem" do grupo e de terem "protegido a pátria e os interesses do Estado".

O grupo dominou por mais de 30 dias a cidade que fica a cerca de 25 quilômetros de Kiev e que voltou para as mãos dos ucranianos em 1º de abril.

Desde que as tropas oficiais voltaram para o local, foi revelado um cenário de horror, com corpos de civis largados nas ruas, valas comuns com dezenas de corpos e denúncias de estupros de mulheres e crianças. Muitos dos corpos estavam com sinais de tortura, foram mortos com as mãos amarradas ou estavam mutilados ou queimados.

Putin nega as acusações e diz que as tropas russas não mataram civis na Ucrânia, além de acusar Kiev de montar um "cenário falso" na cidade para causar comoção na comunidade internacional.

Na última semana, membros do Tribunal Penal Internacional (TPI) foram a Bucha para realizar investigações sobre as denúncias ucranianas e apontou indícios de crimes de guerra. Segundo a última atualização oficial, publicada em 12 de abril, 403 corpos de civis foram encontrados.

Já nesta segunda-feira, o prefeito da cidade, Anatoly Fedoruk, destacou que um a cada cinco moradores que não fugiu de Bucha durante a ocupação foi assassinado.