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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Zelensky diz que mediação do Vaticano seria 'bem-vinda'

Papa Francisco durante audiência semanal no Vaticano - Guglielmo Mangiapane/Reuters
Papa Francisco durante audiência semanal no Vaticano Imagem: Guglielmo Mangiapane/Reuters

23/04/2022 15h34

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse neste sábado (23) que espera que uma possível mediação do Vaticano consiga alcançar uma trégua na invasão russa e garantir a paz.

"Queremos uma trégua e pedimos a ajuda de todos, inclusive da Santa Sé", disse o líder ucraniano durante entrevista coletiva em Kiev.

A declaração é dada poucos dias após um comandante da Ucrânia enviar uma carta ao papa Francisco pedindo ajuda para salvar a população de Mariupol, cidade que está perto de ser tomada pela Rússia.

Francisco tem feito recorrentes apelos contra a invasão russa para pedir o fim da guerra e o "massacre" contra a população civil na Ucrânia. Recentemente, inclusive, o Vaticano desistiu de realizar um encontro entre o Pontífice e o primaz da Igreja Ortodoxa Russa, previsto para ocorrer em junho, em Jerusalém, porque poderia "se prestar a muitas confusões", tendo em vista que Cirilo já demonstrou apoio à invasão.

Mariupol - Na entrevista, Zelensky foi questionado sobre Mariupol e afirmou que se a Rússia matar mais um combatente na cidade ou se avançar com um referendo de independência nas regiões do sul parcialmente ocupadas de Kherson e Zaporizhzhia, suspenderá as negociações de paz com Moscou.

"Se nosso povo for morto em Mariupol, se eles anunciarem um pseudo-referendo nas novas pseudo-repúblicas, a Ucrânia não participará de nenhum processo de negociação", enfatizou.

Zelenskiy ainda reforçou que avançar com um referendo "não será útil para a solução diplomática desta situação" e garantiu que a Ucrânia não vai desistir.

"Nós, ucranianos, nunca desistiremos. Demonstramos com fatos que esta é a única maneira de defender nossa liberdade. Os russos estão se comportando de maneira semelhante aos nazistas, torturando a população", disse Zelensky, lembrando que as atrocidades são semelhantes às cometidas pelos nazistas.