Ucrânia acusa Rússia de retomar ataques contra siderúrgica
O governo da Ucrânia disse neste sábado (23) que as forças russas voltaram a bombardear a siderúrgica Azovstal, em Mariupol, onde cerca de 2 mil soldados ucranianos e pelo menos mil civis resistem à ocupação da cidade do sul do país.
A informação foi confirmada por Oleksiy Arestovych, conselheiro do gabinete do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, segundo o portal Ukrinform. "A notícia desagradável é que o inimigo está tentando suprimir completamente a resistência dos defensores de Mariupol na área de Azovstal", explicou ele.
Nesta semana, Moscou declarou vitória em Mariupol, mas não entrou em Azovstal, um complexo considerado uma das maiores metalúrgicas da Europa. Na ocasião, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou que não fossem realizados ataques no local para garantir a segurança dos soldados e civis ucranianos.
No entanto, de acordo com Arestovych, o Exército russo retomou "os ataques aéreos no território da usina, nas linhas de defesa de nossas tropas e estão tentando para realizar operações de assalto". Moscou ainda não se pronunciou.
Em coletiva de imprensa em Washington, o premiê ucraniano, Denys Shmyhal, declarou que a situação em Mariupol, sob constante e incessante bombardeio dos russos, é "a pior catástrofe humanitária desde a invasão russa".
"Veremos as terríveis atrocidades cometidas pelos russos quando a cidade for libertada", acrescentou ele, ressaltando que "as tropas de Moscou estão destruindo tudo".
Estima-se que pelo menos 100 mil habitantes ainda estejam bloqueados na cidade portuária. Além disso, Kiev acredita que o número de mortes em Mariupol chega a pelo menos 20 mil.
Neste sábado, inclusive, a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse a Ucrânia fará uma nova tentativa para retirar civis de Mariupol. "Hoje, voltamos a tentar retirar mulheres, crianças e idosos", informou em sua conta no Facebook, acrescentando que os civis começaram a se reunir perto de um shopping da cidade.
Um vídeo divulgado pelo Ukrainska Pravda mostra mulheres, meninas e meninos, além de bebês, em bunkers da siderúrgica Azovstal. Na gravação é possível ver os soldados descerem ao porão com grandes sacolas e distribuir o que poderiam ser doces.
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