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Itália identifica primeiro caso de varíola de macaco

Mulher usa sombrinha perto do Coliseu, em Roma - Guglielmo Mangiapane/Reuters
Mulher usa sombrinha perto do Coliseu, em Roma Imagem: Guglielmo Mangiapane/Reuters

Ansa, Roma

19/05/2022 08h45

A Itália identificou hoje seu primeiro caso de varíola de macaco, doença rara provocada por um vírus semelhante ao da varíola, que está erradicada no mundo desde 1980.

O contágio foi confirmado pelo Instituto Lazzaro Spallanzani, hospital de Roma que é a maior referência em doenças infecciosas no país.

Trata-se de um paciente recém-retornado das Ilhas Canárias, na Espanha, e que havia se apresentado em um pronto-socorro da capital italiana com sintomas característicos.

"O vírus foi rapidamente identificado com técnicas moleculares e de sequenciamento genético a partir de amostras de lesões cutâneas", explicou o Spallanzani.

O paciente está internado em isolamento, e sua condição de saúde é considerada boa. "Estão em curso investigações epidemiológicas e o rastreio de contatos", acrescentou o instituto, que já anunciou outros dois casos suspeitos.

O vírus da varíola de macaco pode ser transmitido por gotas de saliva e por contato com fluidos corporais e lesões cutâneas. Já os sintomas são semelhantes aos da varíola, como febre, dores musculares e o surgimento de bolhas na pele, embora de forma mais leve.

Casos da doença já foram confirmados em outros países europeus, como Espanha, Portugal e Reino Unido. O nome "varíola de macaco" se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que roedores sejam o principal reservatório do patógeno.

O primeiro caso em humanos data de 1970, na República Democrática do Congo, durante os esforços para a erradicação da varíola.