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Líder da Otan visita Kiev e defende adesão da Ucrânia

Jens Stoltenberg fez uma visita surpresa a Kiev e defendeu a entrada da Ucrânia na aliança militar. - Dimitar DILKOFF / AFP
Jens Stoltenberg fez uma visita surpresa a Kiev e defendeu a entrada da Ucrânia na aliança militar. Imagem: Dimitar DILKOFF / AFP

Em Kiev, Ucrânia

20/04/2023 09h57

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, fez nesta quinta-feira (20) uma visita surpresa a Kiev e defendeu a entrada da Ucrânia na aliança militar.

Essa é a primeira viagem do norueguês à capital ucraniana desde o início da invasão russa, em fevereiro do ano passado.

"O lugar da Ucrânia é na Otan, e todos os aliados concordam com isso. Ao mesmo tempo, o objetivo principal da aliança é garantir que a Ucrânia continue sendo uma nação democrática, soberana e independente, pois esse é o único modo de ter uma discussão significativa sobre uma futura adesão", disse Stoltenberg.

Segundo ele, o plano de apoio plurianual à Ucrânia permitirá que o país passe das doutrinas da era soviética para os padrões da Otan. "Não sabemos quando essa guerra vai terminar, mas sabemos que a agressão russa é um modelo tóxico que precisa ser freado, então precisamos continuar reforçando as Forças Armadas ucranianas", acrescentou.

Já o presidente Volodymyr Zelensky exortou a Otan a formalizar um convite a Kiev. "Chegou a hora de decisões apropriadas, não é mais possível imaginar a segurança da área euro-atlântica sem a Ucrânia, e o povo entende isso", afirmou.

O mandatário agradeceu pelo convite para participar da cúpula da aliança em Vilnius, na Lituânia, em julho, mas destacou que a Ucrânia precisa entrar na organização. "Não existe qualquer barreira objetiva que impeça decisões políticas sobre o convite à Ucrânia", ressaltou.

A aproximação entre Kiev e a Otan é um dos motivos alegados pela Rússia para invadir o país vizinho, e o próprio Kremlin reforçou isso nesta quinta-feira, afirmando que impedir a adesão continua sendo "um dos objetivos" da guerra.

"Do contrário, será uma ameaça séria e substancial para nosso país e sua segurança", declarou Dmitry Peskov, porta-voz do regime de Vladimir Putin.