Candidato à presidência na Argentina volta a atacar Papa
BUENOS AIRES, 15 SET (ANSA) - O candidato ultraliberal e vencedor das primárias na Argentina, Javier Milei, voltou a atacar o papa Francisco nesta sexta-feira (15), dizendo que ele "tem afinidade com comunistas assassinos".
A nova crítica ao Pontífice foi feita pelo político argentino em entrevista concedida ao conhecido e polêmico âncora americano Carlson Tucker.
"O Papa intervém na política, tem grande influência e mostrou que tem uma forte afinidade com ditadores e assassinos, como Castro ou Maduro e, portanto, está ao lado de ditaduras sangrentas", declarou Milei.
A conversa foi publicada no perfil de Tucker na rede social X (antigo Twitter) e já registrou mais de 320 milhões de visitas, número ainda superior ao marcado pela entrevista do americano com o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
O principal favorito na corrida presidencial segundo as pesquisas já criticou Jorge Bergoglio diversas vezes. Ele, inclusive, chegou a definir o religioso, entre outras coisas, como o "representante do Maligno na terra" e como "comunista".
No entanto, após sua vitória nas primárias, Milei havia moderado seu discurso, dizendo que respeita o Santo Padre e que ele "é o líder espiritual da grande maioria dos argentinos". Além disso, confirmou que o receberia como um chefe de Estado caso fosse à Argentina, durante seu possível mandato.
Na semana passada, o movimento de padres das villas argentinas (espécie de favela) organizou uma missa pública "para reparar os ultrajes" cometidos por Milei contra o Papa. Na ocasião, foi lido um documento no qual se rejeita os ataques do candidato à Presidência e reitera a "necessidade de uma política a favor do bem comum" na Argentina. (ANSA).
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