Itália registra 60 mil mortes relacionadas a amianto em 10 anos

ROMA, 27 ABR (ANSA) - Na Itália, nos últimos dez anos, cerca de 60 mil pessoas morreram de doenças relacionadas ao amianto.   

Em 2023, o Observatório Nacional do Amianto registrou cerca de 2 mil casos de mesotelioma, com uma taxa de mortalidade, em relação aos cinco anos anteriores, de cerca de 93% dos casos.   

No mesmo ano, foram cerca de 4 mil novos diagnósticos de câncer de pulmão devido à exposição ao amianto (descontando o tabagismo e outros agentes cancerígenos), com uma taxa de sobrevida estimada (em cinco anos) de 12%, resultando em aproximadamente 3,5 mil mortes.   

Os dados foram divulgados neste sábado (27) por ocasião do Dia Mundial das Vítimas do Amianto, neste domingo (28) "Neste dia em que lembramos as vítimas do amianto, fazemos um apelo à primeira-ministra Giorgia Meloni para que este tema volte à agenda do governo", afirmou Ezio Bonanni, presidente do Observatório.   

"Lembramos que apenas a descontaminação e a segurança podem evitar exposições ao amianto e, portanto, os futuros diagnósticos de doenças relacionadas ao amianto, que, infelizmente, em mais de 90% dos casos resultam em uma sentença de morte", acrescentou.   

O Observatório também explicou que "a cada ano há 10 mil novos diagnósticos, predominantemente em homens, devido ao seu envolvimento profissional como operários em fábricas ou em locais militares, principalmente nas regiões de maior risco, que, com uma média anual de casos diagnosticados entre 1,5 mil e 1,8 mil, são Lombardia, Piemonte, Ligúria e Lazio, representando mais de 56% dos casos relatados".   

De acordo com as estatísticas da OMS, cerca de 125 milhões de trabalhadores em todo o mundo ainda estão expostos à substância cancerígena, e mais de 107 mil morrem a cada ano devido ao amianto. (ANSA).   

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