Risco de guerra ampla no Oriente Médio se 'atenuou', dizem EUA
TEL AVIV, 27 AGO (ANSA) - O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, Charles Brown, afirmou que o risco de extensão da guerra no Oriente Médio em curto prazo foi "atenuado" após a troca de hostilidades entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah no fim de semana.
As agressões ocorreram no último domingo (25), em meio aos temores de disseminação do conflito na Faixa de Gaza, onde mais de 40 mil pessoas já morreram desde 7 de outubro do ano passado.
"O risco em curto prazo de uma guerra mais ampla no Oriente Médio se atenuou parcialmente depois que Israel e Hezbollah se atacaram no domingo sem novas escaladas", disse Brown, segundo a agência Reuters, após uma viagem de três dias pela região. "No entanto, o Irã representa ainda um perigo significativo porque está avaliando um ataque a Israel", alertou. Teerã já prometeu se vingar pelo assassinato do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, morto em uma operação da inteligência israelense na capital iraniana em 31 de julho.
Já o Hezbollah prometia represálias a Israel por conta da morte de seu comandante Fuad Shukr em um bombardeio no Líbano, também no fim de julho.
"Havia duas coisas que sabíamos que aconteceriam. Uma já ocorreu, agora depende de como será a outra", salientou Brown, em referência a um possível ataque iraniano.
Enquanto isso, a guerra continua na Faixa de Gaza, cuja Defesa Civil reportou nove mortes em bombardeios israelenses no norte do enclave nesta terça-feira (27), incluindo crianças.
O conflito foi deflagrado em 7 de outubro, após atentados do Hamas que deixaram 1,2 mil vítimas em Israel.
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