Brasil vai às urnas para eleições municipais em todo país
SÃO PAULO, 6 OUT (ANSA) - Mais de 155 milhões de eleitores de todo o Brasil vão às urnas neste domingo (6) para o primeiro turno das eleições municipais, que elegerá prefeitos e vereadores em 5.569 municípios.
A votação começou às 8h (horário local) e se estenderá ao longo do dia, até 17h. Esta é a primeira vez que todas as cidades iniciaram e vão encerrar o pleito ao mesmo tempo.
A legislação brasileira determina que o voto é obrigatório para quem tem idade entre 18 e 70 anos, e facultativo para analfabetas, jovens com 16 e 17 anos e para todos com mais de 70 anos.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o cidadão vota primeiro para vereador e, depois, para prefeito. A disputa para escolher quem comandará a prefeitura pode ser estendida para o segundo turno em 103 municípios brasileiros. Tratam-se de cidades com mais de 200 mil eleitores registrados, onde a eleição poderá ser decidida em 27 de outubro.
A votação representa um teste ao trabalho do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já na metade do mandato, mas também se mede a força do antigo chefe de Estado conservador e líder da oposição, Jair Bolsonaro.
Em São Paulo, uma das principais cidades deste turno e primeiro eleitorado do país com quase 12 milhões de habitantes, o candidato progressista apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Guilherme Boulos (Psol), lidera a disputa, segundo as últimas sondagens divulgadas às vésperas das eleições.
Pesquisa Datafolha realizada entre 4 e 5 de outubro, com 2.052 eleitores, indicou Boulos com 29% das intenções de voto. Na sequência aparece o candidato apoiado por Bolsonaro e prefeito cessante, Ricardo Nunes, com 28%, e o ex-coach Pablo Marçal, com 26%. Em seguida estão Tabata Amaral (PSB) com 10%, Datena (PSDB), com 4% e Marina Helena (Novo), com 2%.
Pela margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, o cenário indica empate técnico entre os três.
No Rio de Janeiro, as pesquisas apontam para uma reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD), que conta com apoio de Lula, mas Bolsonaro ainda tenta emplacar seu candidato Alexandre Ramagem (PL), aliado próximo da família e pivô do escândalo de suposta espionagem ilegal contra opositores no governo do ex-presidente.
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