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Diplomatas ficam na Coreia do Norte apesar de alerta do governo

06/04/2013 19h44

Os diplomatas das embaixadas instaladas em Pyongyang não seguiram a orientação da Coreia do Norte para deixar o país.

Na sexta-feira, o país avisou as representações diplomáticas que não poderia garantir a segurança dos diplomtas em caso de guerra.

A chancelaria britânica descreveu o alerta como "retórica continuada".

Autoridades dos Estados Unidos e da Coreia do Sul têm procurado minimizar os temores sobre um eventual conflito na península coreana.

Nenhuma embaixada anunciou planos de deixar o país. A Grã-Bretanha e a Rússia já afirmaram que não pretendem fechar suas representações.

A Grã-Bretanha tem mantido diplomatas na Coreia do Norte desde 2001. O embaixador no país é Michael Gifford.

China quer diálogo

A China, tradicional aliada de Pyongyang, tem incentivado o diálogo entre a Coreia do Norte e a comunidade internacional.

No sábado, a mídia da China afirmou que o chanceler chinês Wang Yi conversou por telefone com o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon.

Eles concordaram que o diálogo é a única solução possível para a crise e que "a China não aceitará problemas em seu quintal"

O secretário de Estado americano, John Kerry, deve visitar a China e também a Coreia do Sul e o Japão na próxima semana. As conversas nessas ocasiões devem ser focadas na escalada de ameaças nucleares da Coreia do Norte contra os EUA e seus aliados.

Autoridades americanas afirmaram que não se surpreenderão se a Coreia do Norte disparar seus mísseis. Por isso, o país está instalando defesas antimíssil em sua base no oceano Pacífico, na ilha de Guam.

Por outro lado, os americanos também se esforçam para minimizar o impacto da tensão gerada pela possibilidade de conflito na península.

A Coreia do Norte iniciou uma campanha inédita de fortes ameaças desde que recebeu sanções das Nações Unidas em março por ter realizado seu terceiro teste nuclear.

Entre as ameaças estavam ataques nucleares contra os EUA, a declaração formal de guerra à Coreia do Sul e a promessa de reativar um reator nuclear - desafiando as resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

A movimentação de baterias de mísseis na Coreia do Norte gerou preocupação na comunidade internacional, mas não está claro qual é o grau de desenvolvimento das armas nucleares do país.

A última ação militar da Coreia do Norte aconteceu em 2010, quando o país bombardeou uma ilha da Coreia do Sul e matou quatro pessoas.