Líderes globais tentam conter escalada de tensões com Coreia do Norte
Líderes e diplomatas internacionais tentam amenizar a escalada de tensões envolvendo a Coreia do Norte contra EUA e Coreia do Sul, para evitar desdobramentos mais sérios à retórica belicista de Pyongyang.
Desde as sanções adotadas em março pela ONU, em retaliação a um terceiro teste nuclear realizado pelo país, a Coreia do Norte ameaçou alvejar os EUA com ataques nucleares, declarou formalmente guerra ao Sul e ameaçou reabrir um reator nuclear, desafiando as restrições das Nações Unidas. Também orientou embaixadas a retirarem seu pessoal de Pyongyang.
Neste domingo, o presidente Xi Jinping, da China - único aliado e principal parceiro comercial da Coreia do Norte -, declarou que nenhum país pode "lançar a região ao caos por razões egoístas".
Sem mencionar a Coreia do Norte, Xi citou "desafios à estabilidade da Ásia" e disse que tais "razões egoístas" não serão toleradas.
Reportagem do New York Times de sexta-feira afirma que os EUA estão pressionando a China a fechar o cerco ao regime de Pyongyang, caso contrário verão a presença militar norte-americana crescer na Ásia.
Acredita-se que a própria China esteja cada vez mais incomodada com as ameaças bélicas norte-coreanas.
'Retórica paranoica'
Ainda na frente diplomática, o novo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, deve visitar China e Coreia do Sul nesta semana, para discutir as ameaças de Pyongyang.
Na Europa, o chanceler britânico, William Hague, pediu "calma" para lidar com a crise. Apesar da "retórica paranoica" norte-coreana, é importante manter-se "firme e unido" e advertir o regime de Kim Jong-un quanto aos riscos de um eventual "erro de cálculo", disse à BBC.
Hague disse que o país está fazendo "a escolha errada" entre as opções de isolamento e engajamento com a comunidade internacional.
E a Suíça, por sua vez, ofereceu-se para mediar o diálogo com os norte-coreanos - mas ressaltou que não há conversas formais agendadas.
Segundo a mídia suíça, o país abrigou por diversos anos o líder atual Kim Jung-un, que teria sido educado em escolas suíças durante diversos anos sob pesudônimo.
Testes
Apesar das iniciativas diplomáticas e da crença de que a possibilidade real de conflito seja pequena, a região segue volátil.
Autoridades sul-coreanas disseram neste domingo que acreditam que o Norte realizará um teste de lançamento de míssil nesta semana.
E os EUA adiaram seu próprio teste - de um míssil intercontinental - em uma base na costa oeste, por temores de que o teste fosse visto pelos norte-coreanos como uma ameaça.
O correspondente da BBC em Seul (Coreia do Sul), John Sudworth, diz que Pyongyang provavelmente usará o adiamento americano em sua propaganda política, retratando-o como uma capitulação dos EUA diante da força norte-coreana.
A mídia do país tem divulgado imagens mostrando seu Exército e sua suposta preparação militar para um eventual combate.
Para muitos, a retórica belicista norte-coreana foca principalmente na audiência doméstica, para fortalecer a posição de Kim Jong-un, que, sem experiência militar, ascendeu ao poder após a morte de seu pai, Kim Jong-il, em dezembro de 2011.
Desde as sanções adotadas em março pela ONU, em retaliação a um terceiro teste nuclear realizado pelo país, a Coreia do Norte ameaçou alvejar os EUA com ataques nucleares, declarou formalmente guerra ao Sul e ameaçou reabrir um reator nuclear, desafiando as restrições das Nações Unidas. Também orientou embaixadas a retirarem seu pessoal de Pyongyang.
Neste domingo, o presidente Xi Jinping, da China - único aliado e principal parceiro comercial da Coreia do Norte -, declarou que nenhum país pode "lançar a região ao caos por razões egoístas".
Sem mencionar a Coreia do Norte, Xi citou "desafios à estabilidade da Ásia" e disse que tais "razões egoístas" não serão toleradas.
Reportagem do New York Times de sexta-feira afirma que os EUA estão pressionando a China a fechar o cerco ao regime de Pyongyang, caso contrário verão a presença militar norte-americana crescer na Ásia.
Acredita-se que a própria China esteja cada vez mais incomodada com as ameaças bélicas norte-coreanas.
'Retórica paranoica'
Ainda na frente diplomática, o novo secretário de Estado dos EUA, John Kerry, deve visitar China e Coreia do Sul nesta semana, para discutir as ameaças de Pyongyang.
Na Europa, o chanceler britânico, William Hague, pediu "calma" para lidar com a crise. Apesar da "retórica paranoica" norte-coreana, é importante manter-se "firme e unido" e advertir o regime de Kim Jong-un quanto aos riscos de um eventual "erro de cálculo", disse à BBC.
Hague disse que o país está fazendo "a escolha errada" entre as opções de isolamento e engajamento com a comunidade internacional.
E a Suíça, por sua vez, ofereceu-se para mediar o diálogo com os norte-coreanos - mas ressaltou que não há conversas formais agendadas.
Segundo a mídia suíça, o país abrigou por diversos anos o líder atual Kim Jung-un, que teria sido educado em escolas suíças durante diversos anos sob pesudônimo.
Testes
Apesar das iniciativas diplomáticas e da crença de que a possibilidade real de conflito seja pequena, a região segue volátil.
Autoridades sul-coreanas disseram neste domingo que acreditam que o Norte realizará um teste de lançamento de míssil nesta semana.
E os EUA adiaram seu próprio teste - de um míssil intercontinental - em uma base na costa oeste, por temores de que o teste fosse visto pelos norte-coreanos como uma ameaça.
O correspondente da BBC em Seul (Coreia do Sul), John Sudworth, diz que Pyongyang provavelmente usará o adiamento americano em sua propaganda política, retratando-o como uma capitulação dos EUA diante da força norte-coreana.
A mídia do país tem divulgado imagens mostrando seu Exército e sua suposta preparação militar para um eventual combate.
Para muitos, a retórica belicista norte-coreana foca principalmente na audiência doméstica, para fortalecer a posição de Kim Jong-un, que, sem experiência militar, ascendeu ao poder após a morte de seu pai, Kim Jong-il, em dezembro de 2011.
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