Acidente com Chapecoense já é o quinto neste ano em região colombiana
O acidente com o avião da Chapecoense na madrugada dessa terça-feira já é o quinto registrado somente neste ano no Departamento (Estado) de Antióquia, no norte da Colômbia, segundo a imprensa local e dados da Acro (Aircraft Crashes Record Office), organização independente com base na Suíça que registra acidentes aéreos.
Cerca de 85% da área da região (Antióquia é um dos 32 Departamentos da Colômbia) é montanhosa - as altitudes variam de entre 300 a 4,1 mil metros.
O voo da companhia aérea LaMia (Línea Aérea Mérida de Aviación) ia de Santa Cruz, na Bolívia, para Medellín, na Colômbia, e caiu após apresentar uma pane elétrica. A última comunicação ocorreu quando a aeronave trafegava a 15,5 mil pés de altitude, de acordo com o site Flight Radar 24, que monitora voos em tempo real no mundo todo.
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O acidente anterior na região havia ocorrido apenas duas semanas atrás. Veja detalhes sobre os casos:
- 14 de Novembro de 2016: Uma aeronave particular que carregava cocaína e voava clandestinamente se chocou em uma área chamada El Cerro, no município de Frontino, pegando fogo. Duas pessoas morreram carbonizadas. Entre os destroços, a polícia encontrou 33 quilos da droga. O
jornal local El Colombiano afirmou que o avião poderia estar carregando até 500 quilos de cocaína. O caso ainda está sendo investigado, e autoridades acreditam que a aeronave poderia estar voando a uma altitude perigosamente baixa para evitar ser detectada por radares da Força Aérea Nacional.
- 31 de Setembro de 2016: O Cessna C208 de registro HK3804 da empresa Llanera ia de Medellín a Chocó e caiu em San Antonio de Prado, matando um bebê de seis meses e três adultos.
O acidente ocorreu durante um pouso forçado, que o piloto se viu obrigado a realizar após enfrentar falhas mecânicas. Ao todo, 11 passageiros estavam a bordo. Um dos mortos era o condutor da aeronave.
- 9 de Agosto de 2016:
Utilizado para dar aulas de pilotagem, o Cessna de matrícula HK4822 pertencia ao aeroclube Los Halcones (Os Falcões) e caiu próximo do aeroporto Olaya Herrera, no morro de Santa Ana. E
Ele desapareceu com três pessoas a bordo enquanto sobrevoava o município de Amagá. Foi confirmado que entre as vítimas estavam um experiente instrutor, ex-piloto da Força Aérea, e um estudante de 28 anos.
- 16 de Maio de 2016:
Apesar do pouso forçado, um piloto conseguiu sobreviver ao acidente aéreo, que ocorreu no município de Caldas próximo ao fim do dia.
O motor sofreu uma pane e parou de funcionar durante o voo, abortando o plano original de aterrissagem no aeroporto de Olaya Herrera. Não houve vítimas fatais no avião de registro HK2804, um C206.
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Recordes fatais
Desde o início da aviação comercial, na década de 1920, já foram registrados 433 acidentes aéreos na Colômbia, totalizando 3.381 mortos.
O acidente mais fatal da história do país aconteceu em 20 de dezembro de 1995, quando o Boeing 757 da American Airlines vindo de Miami caiu em Cali, matando 160 pessoas, segundo a Acro.
Para comparação, o Brasil registrou no mesmo período 617 acidentes com 4.112 mortos, sendo que a ocorrência mais fatal foi a tragédia do Airbus A330 da Air France, que ia do Rio a Paris em 2009. A queda da aeronave no oceano Atlântico deixou 228 mortos.
Os Estados Unidos, por exemplo, registraram desde início dos registros aeronáuticos 5.629 acidentes com 22.789 mortes. O número elevado de fatalidades na estatística americana se deve aos acidentes envolvendo pilotos militares.
De acordo com o ranking geral da Acro, as empresas de aviação civil comercial que historicamente registraram maior número de vítimas fatais são: em primeiro lugar a Aeroflot, da Rússia (10.668), seguida pela Air France (1.765), depois, pela extinta Pan Am (1.655), pela American Airlines (1.442) e United Airlines (1.216). A operadora de vôos colombiana Avianca aparece em sexto, com 1.004 mortes registradas.
A tragédia aérea com maior número de mortos ocorreu em março de 1977, quando um boeing da Pan Am se chocou contra outro da KLM em Tenerife, as Ilhas Canárias, matando um total de 583 pessoas.
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