Entenda a crise na Venezuela em 300 palavras
A Venezuela vive uma situação política inusitada: dois rivais reclamam para si a Presidência do país.
Como isso aconteceu?
O país é governado há 20 anos pelo chavismo. De 1999 ao ano de sua morte, em 2013, Hugo Chávez foi presidente. Ele foi sucedido por Nicolás Maduro, que derrotou a oposição em uma eleição apertada.
Os chavistas conseguiram controlar instituições-chave, entre elas o Judiciário e o Conselho Nacional Eleitoral.
Quando a oposição conquistou maioria no Legislativo, a Assembleia Nacional, Maduro criou um órgão rival - composto de apoiadores - com poderes que suplantavam os da Assembleia.
A economia venezuelana entrou em colapso e a crise gerou desabastecimento de comida e medicamentos.
Em maio de 2018, Maduro foi reeleito sob uma série de denúncias de fraude.
Em 23 de janeiro, dias depois da posse de Maduro, o líder da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autodeclarou presidente interino.
O parlamentar alegava que Maduro era "usurpador" e a Presidência, por isso, estaria vaga - situação que, pela Constituição, permite que o chefe do Legislativo assuma o cargo.
Mais de 50 países, entre eles Brasil e EUA, reconheceram Guaidó como líder legítimo. Nações como Rússia e China, por outro lado, mantiveram apoio a Maduro.
Os dois lados estão em disputa desde janeiro, ante as tentativas de Guaidó de atrair militares para o movimento de oposição.
Em 30 de abril, o opositor conclamou as forças de segurança a se juntarem a ele na "fase final" da deposição de Maduro, movimento classificado pelo governo como tentativa de golpe - a ação não teve êxito.
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