Festa no sindicato, pronunciamento, protestos: o que esperar do 1º sábado de Lula fora da prisão
Ex-presidente deve participar de comemoração em São Bernardo do Campo e fazer discurso mais longo do que feito na saída da carceragem da PF em Curitiba
O sábado será de comemorações para os apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), solto ontem da carceragem da Polícia Federal em Curitiba após 19 meses na prisão — e de protestos para seus opositores.
Lula estava preso desde abril de 2018 após ser condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal de Curitiba por corrupção no caso do tríplex no Guarujá. O ex-presidente diz que é inocente e que sofre perseguição política.
Após a decisão do Supremo Tribunal Federal pelo fim da prisão após condenação em 2ª instância, Lula foi libertado.
Ao sair da prisão, o ex-presidente foi recebido por aliados e apoiadores em um ato em frente à carceragem da PF em Curitiba, onde fez um discurso.
Ele agradeceu aos apoiadores, disse que pretende percorrer o Brasil, criticou o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e afirmou que sai da prisão sem ódio.
"Aos 74 anos, meu coração só tem espaço pra amor", disse.
Mas a grande festa de comemoração do PT e de movimentos que apoiam Lula será realizada neste sábado, em São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, cidade onde o ex-presidente vai voltar a morar.
O evento será sediado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, berço político do ex-presidente e local onde ele foi preso pela PF em 2018.
O PT, o sindicado e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) estão mobilizando a militância para estar no local a partir das 10h, mas a festa oficial começa ao meio-dia.
Lula, que deve chegar a São Paulo na manhã de sábado, deve fazer um pronunciamento na comemoração por volta das 14h.
No sindicato, Lula também se reunirá com políticos e aliados que não estavam na sua recepção na saída da carceragem em Curitiba.
Protesto
Citado por Lula em seu discurso na sexta, o presidente Jair Bolsonaro não comentou a decisão do STF que abriu espaço para a soltura do petista nem a liberação do ex-presidente.
Neste sábado, Bolsonaro postou em sua conta no Twitter a seguinte frase: "Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. (...) Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa".
Outros opositores de Lula, no entanto, reagiram à notícia de sua soltura ontem e marcaram protestos contra o ex-presidente e contra a decisão do STF.
Os grupos políticos de direita Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem para a Rua marcaram um ato contra a decisão do STF às 16h em Brasília, em frente ao Congresso Nacional.
Os dois movimentos também marcaram um protesto para o mesmo horário na avenida Paulista, em São Paulo.
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