Coronavírus: OMS diz estar acompanhando nova mutação com autoridades do Reino Unido
Acredita-se que nova variante do coronavírus se espalhe mais rapidamente, mas não seja mais letal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse estar em contato com as autoridades britânicas sobre o surgimento de uma nova variante do coronavírus.
A mutação está se espalhando mais rapidamente do que a versão original, mas não é considerada mais letal.
Grandes partes do sudeste da Inglaterra, incluindo Londres, estão agora sob um nível de restrição mais severo em uma tentativa de conter o vírus que se espalha rapidamente.
Não há evidências que sugiram que a nova variante reaja de maneira diferente às vacinas.
No domingo, a Holanda proibiu voos de passageiros do Reino Unido por causa da nova mutação. A proibição permanecerá em vigor até 1º de janeiro, disse o governo holandês.
A mudança ocorre depois que a Holanda encontrou, em um caso de coronavírus no início deste mês, a mesma mutação encontrada no Reino Unido.
Enquanto se aguarda "maior clareza" sobre a situação no Reino Unido, o governo holandês afirmou que "o risco de a nova cepa do vírus ser introduzida na Holanda deve ser minimizado tanto quanto possível".
O governo holandês também disse que trabalhará com outros estados membros da União Europeia nos próximos dias para "limitar ainda mais o risco de a nova cepa do vírus ser trazida do Reino Unido".
O que se sabe sobre a nova mutação?
A OMS tuitou que estava em contato com autoridades do Reino Unido sobre a nova mutação.
O órgão afirmou que o Reino Unido estava compartilhando informações de estudos em andamento sobre a mutação, e que a OMS atualizaria os Estados membros e o público "à medida que aprendermos mais sobre as características desta variante do vírus [e] quaisquer implicações".
Embora haja "considerável incerteza", o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, afirmou que a nova mutação pode ser até 70% mais transmissível do que a antiga.
Mas as autoridades dizem que não há evidências atuais que sugiram que a nova variante cause uma taxa de mortalidade mais alta ou que responda de forma diferente a vacinas e tratamentos.
"Acho que esta é uma situação que vai piorar muito as coisas, mas há também otimismo, por exemplo, quando lançarmos a vacina - presumindo que a vacina funcione contra isso [a mutação], o que no momento é nossa suposição", disse Chris Whitty, principal autoridade médica da Inglaterra.
O que está acontecendo no mundo?
No Reino Unido, o relaxamento planejado das regras de confinamento para permitir que as famílias se misturem durante o período de Natal foi descartado em grandes partes do sudeste da Inglaterra - afetando quase 18 milhões de pessoas - e reduzido para apenas o dia de Natal no resto da Inglaterra, Escócia e País de Gales.
A Itália ordenou um confinamento nacional durante grande parte do período de Natal e Ano Novo. O país estará sob as restrições da "zona vermelha" durante os feriados, com lojas, restaurantes e bares não essenciais fechados, e os italianos só podem viajar por motivos específicos.
Holanda e Alemanha impuseram confinamentos até janeiro. Na Alemanha, o Natal sofrerá uma ligeira abertura, com uma casa autorizada a hospedar até quatro parentes próximos.
A Áustria deve entrar em seu terceiro confinamento após o Natal. A partir de 26 de dezembro, lojas não essenciais serão fechadas e o movimento fora das residências será restrito.
A Suécia recomendou o uso de máscaras faciais nos transportes públicos durante a hora do rush, mudando sua orientação anterior.
O presidente da França, Emmanuel Macron, está em uma condição "estável" após o teste positivo para coronavírus, disse seu gabinete no sábado. Ele ainda apresenta sintomas, como tosse e fadiga, mas eles não o impedem de trabalhar, disse.
O primeiro-ministro da Eslováquia, Igor Matovic, que participou de uma cúpula da UE com Macron na semana passada, disse que ele havia testado positivo para coronavírus na sexta-feira.
Vários outros líderes europeus que também estiveram na cúpula disseram que se isolariam.
O estado mais populoso da Austrália, New South Wales, anunciou novas restrições a reuniões familiares e locais de hospitalidade para a área da Grande Sidney, em uma tentativa de conter um surto crescente ali. Os moradores já haviam sido orientados a ficar em casa.
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