Papa Francisco encerra visita de oito dias pela América do Sul
Passagem de Francisco por Paraguai, Equador e Bolívia foi marcada por discursos em defesa dos pobres e marginalizados. Missa em Assunção reuniu mais de um milhão de fiéis neste domingo (12)
O papa Francisco encerrou a visita de oito dias à América do Sul neste domingo (12) com a celebração de uma missa para mais de um milhão de fiéis nos arredores de Assunção. Antes de regressar a Roma, o pontífice ainda se reuniu com jovens no centro da capital paraguaia.
No sermão, o papa argentino fez uma mensagem em defesa dos direitos dos pobres. Ele pediu que as pessoas e os governos se afastem do "caminho do egoísmo, do conflito, da divisão e da superioridade".
A missa contou com participação do presidente do Paraguai, Horacio Cartes, e da presidente da Argentina, Cristina Kirchner. Milhares de argentinos cruzaram a fronteira para participar da celebração.
Pela manhã, em visita à comunidade carente de Bañado Norte, o papa pediu para que os cristãos tenham uma "fé solidária". No local, vivem cerca de 100 mil pessoas que foram expulsas de suas fazendas.
Em encontro com mais de 3.000 representantes da sociedade civil no Estádio Leon Condou, na noite de sábado, o papa afirmou que os pobres não podem ser usados para atender "interesses políticos e pessoais" e criticou as "ideologias". "As ideologias terminam mal, não servem. No século passado, elas terminaram em ditaduras que pensam pelo povo sem deixar o povo pensar", lamentou.
Francisco também classificou a Guerra do Paraguai como injusta. O conflito dizimou mais da metade da população do país no século 19.
Antes de chegar ao Paraguai, que concentra o maior percentual de católicos na América Latina, Francisco fez visitas ao Equador e Bolívia. O discurso em defesa das pessoas de baixa renda marcou todos os pronunciamentos do pontífice.
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