Venezuela inicia pré-venda da criptomoeda petro
Caracas coloca primeiro lote de 38 milhões de unidades à venda, ao preço unitário de 60 dólares. Medida pretende desafogar Estado altamente endividado e reduzir sua dependência do mercados de capitais.A Venezuela iniciou o processo de introdução de uma nova moeda digital e vai se tornar o primeiro país do mundo a lançar sua própria criptomoeda. A medida visa proporcionar um desafogo ao Estado altamente endividado e reduzir sua dependência do mercados de capitais.
O governo de Caracas confirmou nesta terça-feira (20/02) que iniciou uma pré-venda de 38,4 milhões de unidades da moeda virtual petro. A pré-venda está agendada para durar até 19 de março. O preço inicial do token da criptomoeda foi fixado em 60 dólares americanos por unidade – o que reflete o preço do barril de petróleo venezuelano em meados de janeiro.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciara a criação da moeda virtual em dezembro para driblar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Em resposta, o Departamento do Tesouro alertou que cidadãos e empresas americanas que comprarem unidades do petro poderão estar violando sanções.
Maduro também promoveu o petro como a realização de um sonho de seu antecessor Hugo Chávez de desprender o capitalismo global da dominância do dólar americano e de Wall Street. "O petro será um instrumento para a estabilidade e independência econômica da Venezuela, juntamente com uma visão ambiciosa e global de criar um sistema financeiro internacional mais equilibrado e mais justo", afirmou o governo num documento de 22 páginas, nas quais delineou seus planos.
Críticos afirmaram que a venda de unidades do petro será somente em dólares – um sinal, segundo eles, de quanto a moeda oficial da Venezuela, o bolívar, deteriorou-se sob a inflação de quatro dígitos.
Alguns entusiastas de criptomoedas também questionaram a ideia de um governo, como o da Venezuela, promover uma moeda virtual quando elas são instrumentos originalmente criados justamente para contornar o controle estatal.
Em 20 de março, outras 44 milhões de unidades do petro entrarão em circulação, explicaram autoridades, com o preço por unidade ajustado para flutuar com base na evolução do mercado de petróleo. No total, Caracas planeja disponibilizar 100 milhões de tokens.
A Venezuela tem as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, mas enfrenta uma enorme crise econômica desencadeada principalmente pela queda nos preços e na produção de petróleo, que representa cerca de 96% das exportações do país. Caracas busca encontrar soluções para reestruturar sua dívida externa, estimada por alguns especialistas em cerca de 150 bilhões de dólares.
PV/afp/rtr/ap
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App
O governo de Caracas confirmou nesta terça-feira (20/02) que iniciou uma pré-venda de 38,4 milhões de unidades da moeda virtual petro. A pré-venda está agendada para durar até 19 de março. O preço inicial do token da criptomoeda foi fixado em 60 dólares americanos por unidade – o que reflete o preço do barril de petróleo venezuelano em meados de janeiro.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciara a criação da moeda virtual em dezembro para driblar as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos. Em resposta, o Departamento do Tesouro alertou que cidadãos e empresas americanas que comprarem unidades do petro poderão estar violando sanções.
Maduro também promoveu o petro como a realização de um sonho de seu antecessor Hugo Chávez de desprender o capitalismo global da dominância do dólar americano e de Wall Street. "O petro será um instrumento para a estabilidade e independência econômica da Venezuela, juntamente com uma visão ambiciosa e global de criar um sistema financeiro internacional mais equilibrado e mais justo", afirmou o governo num documento de 22 páginas, nas quais delineou seus planos.
Críticos afirmaram que a venda de unidades do petro será somente em dólares – um sinal, segundo eles, de quanto a moeda oficial da Venezuela, o bolívar, deteriorou-se sob a inflação de quatro dígitos.
Alguns entusiastas de criptomoedas também questionaram a ideia de um governo, como o da Venezuela, promover uma moeda virtual quando elas são instrumentos originalmente criados justamente para contornar o controle estatal.
Em 20 de março, outras 44 milhões de unidades do petro entrarão em circulação, explicaram autoridades, com o preço por unidade ajustado para flutuar com base na evolução do mercado de petróleo. No total, Caracas planeja disponibilizar 100 milhões de tokens.
A Venezuela tem as maiores reservas comprovadas de petróleo do mundo, mas enfrenta uma enorme crise econômica desencadeada principalmente pela queda nos preços e na produção de petróleo, que representa cerca de 96% das exportações do país. Caracas busca encontrar soluções para reestruturar sua dívida externa, estimada por alguns especialistas em cerca de 150 bilhões de dólares.
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