EUA anunciam novas tarifas bilionárias a produtos chineses
Lista contém 6 mil itens, no valor total de 200 bilhões de dólares, que poderão ser atingidos por uma taxa de importação de 10% a partir de setembro. China considera medida "totalmente inaceitável" e anuncia represália.Os Estados Unidos publicaram nesta terça-feira (10/07) uma lista de mais de 6 mil linhas de produtos da China, no valor total de 200 bilhões de dólares, que serão atingidos em breve por uma nova taxa de importação de 10%.
O anúncio significa um novo acirramento na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. O governo da China considerou a decisão dos EUA "totalmente inaceitável" e anunciou que tomará "as contramedidas necessárias".
"A atitude dos EUA prejudica a China, o mundo e a eles mesmos. Essa conduta irracional não pode ganhar apoio", afirmou o Ministério chinês do Comércio nesta quarta-feira. A China apresentará um novo requerimento na Organização Mundial do Comércio (OMC) para denunciar a "conduta unilateral" dos Estados Unidos.
Entre os produtos afetados pelos novos encargos estão frutas e verduras, cereais, produtos de origem animal, madeiras, embarcações e materiais de construção. A lista também inclui produtos químicos, combustíveis, tabaco e álcool, produtos têxteis, materiais fotográficos e de vídeo.
A lista de 200 bilhões de dólares supera em muito o valor total de produtos que a China importa dos Estados Unidos, o que significa que Pequim terá de buscar caminhos alternativos se quiser responder na mesma medida.
A nova decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma represália à resposta do país asiático aos primeiros encargos aplicados pelo governo americano. Na sexta-feira passada entraram em vigor tarifas de 25% que os EUA aplicaram sobre 34 bilhões de dólares em produtos chineses, como primeira parte de um pacote de tarifas sobre 50 bilhões de dólares. Na ocasião, a China respondeu com medidas idênticas.
"Durante mais de um ano, o governo Trump pediu pacientemente à China que abandonasse suas práticas desleais, abrisse seu mercado e participasse de uma verdadeira concorrência de mercado", afirmou o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR).
"Fomos muito claros e precisos a respeito das mudanças específicas que a China deveria realizar. Infelizmente, a China não mudou seu comportamento, que põe em risco o futuro da economia dos EUA", acrescentou.
O USTR anunciou que dará início a um processo de notificação e comentários públicos antes de as novas tarifas entrarem em vigor, no início de setembro.
Trump já havia avisado à China sobre a imposição das taxas sobre 200 bilhões de dólares em importações caso houvesse represálias e também advertira que poderá aplicar um terceiro pacote sobre 300 bilhões em produtos se o gigante asiático voltar a retaliar.
AS/efe/rtr
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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O anúncio significa um novo acirramento na guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. O governo da China considerou a decisão dos EUA "totalmente inaceitável" e anunciou que tomará "as contramedidas necessárias".
"A atitude dos EUA prejudica a China, o mundo e a eles mesmos. Essa conduta irracional não pode ganhar apoio", afirmou o Ministério chinês do Comércio nesta quarta-feira. A China apresentará um novo requerimento na Organização Mundial do Comércio (OMC) para denunciar a "conduta unilateral" dos Estados Unidos.
Entre os produtos afetados pelos novos encargos estão frutas e verduras, cereais, produtos de origem animal, madeiras, embarcações e materiais de construção. A lista também inclui produtos químicos, combustíveis, tabaco e álcool, produtos têxteis, materiais fotográficos e de vídeo.
A lista de 200 bilhões de dólares supera em muito o valor total de produtos que a China importa dos Estados Unidos, o que significa que Pequim terá de buscar caminhos alternativos se quiser responder na mesma medida.
A nova decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma represália à resposta do país asiático aos primeiros encargos aplicados pelo governo americano. Na sexta-feira passada entraram em vigor tarifas de 25% que os EUA aplicaram sobre 34 bilhões de dólares em produtos chineses, como primeira parte de um pacote de tarifas sobre 50 bilhões de dólares. Na ocasião, a China respondeu com medidas idênticas.
"Durante mais de um ano, o governo Trump pediu pacientemente à China que abandonasse suas práticas desleais, abrisse seu mercado e participasse de uma verdadeira concorrência de mercado", afirmou o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR).
"Fomos muito claros e precisos a respeito das mudanças específicas que a China deveria realizar. Infelizmente, a China não mudou seu comportamento, que põe em risco o futuro da economia dos EUA", acrescentou.
O USTR anunciou que dará início a um processo de notificação e comentários públicos antes de as novas tarifas entrarem em vigor, no início de setembro.
Trump já havia avisado à China sobre a imposição das taxas sobre 200 bilhões de dólares em importações caso houvesse represálias e também advertira que poderá aplicar um terceiro pacote sobre 300 bilhões em produtos se o gigante asiático voltar a retaliar.
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