PT vai boicotar posse de Bolsonaro
Partido diz que seus deputados e senadores não vão participar da cerimônia em protesto contra falta de "lisura" do processo eleitoral de 2018 e proibição da candidatura de Lula. Parlamentares do PSOL aderem ao boicote.Derrotado na última eleição presidencial, o Partido dos Trabalhadores (PT) anunciou em nota nesta sexta-feira (28/12) que seus deputados e senadores não vão comparecer à cerimônia de posse do presidente eleito Jair Bolsonaro no dia 1° de janeiro. Paralelamente, o presidente do PSOL, Juliana Medeiros, também afirmou que a bancada do seu partido vai boicotar o evento.
Atualmente, o PT tem 60 deputados federais e oito senadores em exercício. A partir de fevereiro, vai contar com 56 membros na Câmara e seis no Senado. Já o PSOL conta hoje com seis deputados e no ano que vem vai ter dez representantes na Câmara. No dia da posse, é tradição que o novo presidente faça um juramento à nação no plenário da Câmara, na presença dos deputados e senadores.
Na nota com o anúncio do boicote, os líderes petistas afirmaram que reconhecem o resultado das eleições presidenciais, mas afirmam que "isso não nos impede de denunciar que a lisura do processo eleitoral de 2018 foi descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad”.
Os líderes do partido também afirmaram que o boicote é um ato de resistência contra o que chamaram "discursos e ações que estimulam o ódio, a intolerância e a discriminação”.
"O resultado das urnas é fato consumado, mas não representa aval a um governo autoritário, antipopular e antipatriótico, marcado por abertas posições racistas e misóginas, declaradamente vinculado a um programa de retrocessos civilizatórios”, diz a nota, que foi assinada pelo deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara; pelo senador Lindbergh Farias, líder petista no Senado; e a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido.
Já o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, fez o anúncio no Twitter. "Como é de praxe, o TSE convidou toda a bancada do PSOL para a posse do novo presidente. Mas como prestigiar alguém que despreza os direitos humanos, promete colocar o Brasil de joelhos diante dos EUA e destruir os direitos sociais? Não vamos à posse. Nossa resistência já começou", escreveu.
JPS/ots
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Atualmente, o PT tem 60 deputados federais e oito senadores em exercício. A partir de fevereiro, vai contar com 56 membros na Câmara e seis no Senado. Já o PSOL conta hoje com seis deputados e no ano que vem vai ter dez representantes na Câmara. No dia da posse, é tradição que o novo presidente faça um juramento à nação no plenário da Câmara, na presença dos deputados e senadores.
Na nota com o anúncio do boicote, os líderes petistas afirmaram que reconhecem o resultado das eleições presidenciais, mas afirmam que "isso não nos impede de denunciar que a lisura do processo eleitoral de 2018 foi descaracterizada pelo golpe do impeachment, pela proibição ilegal da candidatura do ex-presidente Lula e pela manipulação criminosa das redes sociais para difundir mentiras contra o candidato Fernando Haddad”.
Os líderes do partido também afirmaram que o boicote é um ato de resistência contra o que chamaram "discursos e ações que estimulam o ódio, a intolerância e a discriminação”.
"O resultado das urnas é fato consumado, mas não representa aval a um governo autoritário, antipopular e antipatriótico, marcado por abertas posições racistas e misóginas, declaradamente vinculado a um programa de retrocessos civilizatórios”, diz a nota, que foi assinada pelo deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara; pelo senador Lindbergh Farias, líder petista no Senado; e a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido.
Já o presidente do PSOL, Juliano Medeiros, fez o anúncio no Twitter. "Como é de praxe, o TSE convidou toda a bancada do PSOL para a posse do novo presidente. Mas como prestigiar alguém que despreza os direitos humanos, promete colocar o Brasil de joelhos diante dos EUA e destruir os direitos sociais? Não vamos à posse. Nossa resistência já começou", escreveu.
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