Anistia Internacional emite alerta de viagem para os EUA após massacres
Após os recentes ataques a tiros nos Estados Unidos, a Anistia Internacional (AI) emitiu ontem um aviso de viagem aconselhando cautela aos visitantes do país.
A organização afirmou que emitiu o aviso "devido à desenfreada violência armada, que se tornou tão prevalente nos Estados Unidos que equivale a uma crise de direitos humanos".
Inspirado nos alertas de viagem emitidos pelo Departamento de Estado dos EUA e por outros governos, o alerta da AI aconselha aqueles que estão indo para o país a serem "extremamente vigilantes em todos os momentos" e terem cuidado "com a onipresença de armas de fogo entre a população".
O texto diz para as pessoas evitarem lugares onde há aglomeração de pessoas, especialmente eventos culturais, locais de culto, escolas e shopping centers. Também aconselha a "exercitar extrema cautela ao visitar bares, casas noturnas e cassinos locais".
A AI também afirma que o governo dos EUA "reluta em garantir a proteção contra a violência armada" apesar de ser obrigado, de acordo com a lei internacional de direitos humanos, a implementar medidas para regular o acesso a armas de fogo para proteger os direitos da população.
A Anistia alerta que dependendo do país de origem ou antecedente étnico do viajante "pode haver um risco maior de ser alvo de violência com arma de fogo".
A advertência foi divulgada depois que atiradores mataram 31 pessoas no fim de semana em El Paso, Texas, e em Dayton, Ohio. Oito mexicanos morreram em El Paso. O suspeito deste ataque, identificado como P.C., um jovem de 21 anos da cidade de Dallas, publicou um manifesto na internet falando de "invasão hispânica" pouco antes do massacre.
A violência com armas de fogo nos EUA resultou na morte de 8.928 pessoas somente em 2019, de acordo com a organização não governamental americana Gun Violence Archive. A cifra inclui 398 crianças menores de 12 anos.
O presidente dos EUA, Donald Trump, visitou El Paso e Dayton ontem e condenou os assassinatos por motivos raciais, declarando que "o ódio não tem lugar na América".
O presidente disse também que "doença mental e ódio puxam o gatilho; não a arma". Manifestantes em El Paso e Dayton culparam a retórica anti-imigração do presidente pela violência.
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