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Biden abre caminho para legalização de crianças e mulheres imigrantes nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira (18) um plano para oferecer residência permanente a centenas de milhares de mulheres imigrantes em situação irregular que sejam casadas com pessoas de cidadania americana.

O caminho para a regularização estará aberto a cerca de 500 mil mulheres imigrantes que tenham vivido nos Estados Unidos por ao menos 10 anos, bem como para 50 mil crianças e jovens abaixo de 21 anos que tenham um pai ou mãe americana.

Antes, mulheres imigrantes em situação irregular que fossem casadas com uma pessoa de cidadania americana tinham que sair dos Estados Unidos para dar entrada no pedido de residência - um processo que implicava na separação de famílias.

"Essas ações vão promover a unidade familiar e fortalecer a nossa economia", declarou a Casa Branca em nota.

O anúncio vem a cinco meses da eleição para presidente no país. Trata-se de um dos maiores esforços de legalização na história recente dos Estados Unidos.

Críticas

O anúncio foi elogiado por grupos de defesa dos imigrantes, mas também criticado por políticos do espectro conservador - grupo ao qual pertence o pré-candidato à Casa Branca Donald Trump, que tem anunciado planos para deportação em massa de imigrantes caso seja eleito.

"A grande maioria dos americanos apoia essas medidas humanas e sensatas. Isso vai melhorar diretamente a vida de mais de 10 milhões de cidadãos americanos que têm um membro da família sem documentação", afirmou Rebecca Shi, diretora-executiva da Coalizão Americana de Imigração Empresarial.

Já o congressista republicano Josh Brecheen, do estado de Oklahoma, reagiu ao anúncio da Casa Branca qualificando-o como uma medida eleitoreira. "O presidente Biden está protegendo, numa canetada, 550 mil estrangeiros ilegais da deportação", disse. "Isso tudo é um esforço para apaziguar os parentes na esperança de conquistar seus votos para a próxima eleição."

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