Lynn Margulis, autoridade mundial em biologia evolutiva, morre aos 73 anos
Washington, 23 nov (EFE).- A cientista americana Lynn Margulis, conhecida por seus trabalhos sobre a origem e evolução das células, e considerada uma autoridade em biologia evolutiva, morreu aos 73 anos em sua casa em Amherst (Massachusetts, Estados Unidos).
Margulis, segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira pela Universidade de Massachusetts, onde deu aulas, morreu em sua casa na terça-feira em consequência de um acidente vascular cerebral que sofreu recentemente.
A cientista ficou conhecida por sua teoria da simbiogênese, que desafia as teorias neodarwinistas com o argumento que as variações herdadas não se devem a mutações ao acaso, mas à interação entre os organismos em longo prazo.
Segundo Margulis, a origem das primeiras células com núcleo se deu a partir da fusão de bactérias primitivas há bilhões de anos, com o que essas bactérias seriam um fator a levar em conta na origem da vida.
Margulis, doutora honoris causa pela Universidade Autônoma de Madri e agraciada com a Medalha Nacional de Ciência dos EUA em 1999, foi também uma das impulsoras, ao lado do britânico James Lovelock, da Teoria de Gaia.
Segundo a hipótese colocada nesta teoria, o meio ambiente mudou devido ao comportamento dos seres vivos que o habitam e à sua interação com o entorno, enquanto outras teorias falam de adaptação dos organismos a um ambiente determinado.
Nascida em Chicago em 1938, entrou na Universidade de Chicago quando tinha 14 anos. Formada em Zoologia e Genética pela Universidade de Wisconsin, também era doutora em Genética pela Universidade da Califórnia e co-diretora do departamento de Biologia Planetária da Nasa (agência espacial americana).
Sua obra ofereceu uma visão nova da microbiologia e ajudou a posicionar a figura da espécie humana em harmonia com o resto da natureza, inclusive de microorganismos.
Era membro da Academia de Ciências dos EUA desde 1983, da Academia Russa de Ciências Naturais desde 1997 e da Academia Americana de Artes e Ciências desde 1998, além da Sociedade Internacional para o Estudo da Origem da Vida e a Sociedade Catalã de Biologia.
Lynn Margulis publicou numerosos artigos e livros. Seu texto "Simbiose na evolução da célula" (1981) é considerado um clássico da Biologia do século 20.
Marguli foi casada com o astrônomo Carl Sagan, um divulgador da ciência que ganhou fama mundial com seu programa de televisão "Cosmos", falecido em 1996, e era mãe do poeta Dorion Sagan, que colaborou com ela em diversas publicações. EFE
Margulis, segundo um comunicado divulgado nesta quarta-feira pela Universidade de Massachusetts, onde deu aulas, morreu em sua casa na terça-feira em consequência de um acidente vascular cerebral que sofreu recentemente.
A cientista ficou conhecida por sua teoria da simbiogênese, que desafia as teorias neodarwinistas com o argumento que as variações herdadas não se devem a mutações ao acaso, mas à interação entre os organismos em longo prazo.
Segundo Margulis, a origem das primeiras células com núcleo se deu a partir da fusão de bactérias primitivas há bilhões de anos, com o que essas bactérias seriam um fator a levar em conta na origem da vida.
Margulis, doutora honoris causa pela Universidade Autônoma de Madri e agraciada com a Medalha Nacional de Ciência dos EUA em 1999, foi também uma das impulsoras, ao lado do britânico James Lovelock, da Teoria de Gaia.
Segundo a hipótese colocada nesta teoria, o meio ambiente mudou devido ao comportamento dos seres vivos que o habitam e à sua interação com o entorno, enquanto outras teorias falam de adaptação dos organismos a um ambiente determinado.
Nascida em Chicago em 1938, entrou na Universidade de Chicago quando tinha 14 anos. Formada em Zoologia e Genética pela Universidade de Wisconsin, também era doutora em Genética pela Universidade da Califórnia e co-diretora do departamento de Biologia Planetária da Nasa (agência espacial americana).
Sua obra ofereceu uma visão nova da microbiologia e ajudou a posicionar a figura da espécie humana em harmonia com o resto da natureza, inclusive de microorganismos.
Era membro da Academia de Ciências dos EUA desde 1983, da Academia Russa de Ciências Naturais desde 1997 e da Academia Americana de Artes e Ciências desde 1998, além da Sociedade Internacional para o Estudo da Origem da Vida e a Sociedade Catalã de Biologia.
Lynn Margulis publicou numerosos artigos e livros. Seu texto "Simbiose na evolução da célula" (1981) é considerado um clássico da Biologia do século 20.
Marguli foi casada com o astrônomo Carl Sagan, um divulgador da ciência que ganhou fama mundial com seu programa de televisão "Cosmos", falecido em 1996, e era mãe do poeta Dorion Sagan, que colaborou com ela em diversas publicações. EFE
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