Topo

Michele Flournoy descarta suceder Hagel no Departamento de Defesa

26/11/2014 01h23

Washington, 25 nov (EFE).- Michele Flournoy, chefe de política do Pentágono entre 2009 e 2012, descartou nesta terça-feira assumir o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, depois da renúncia do atual secretário, Chuck Hagel, na segunda-feira.

Michele comunicou o presidente Barack Obama ontem à noite que, por "motivos familiares", considera que este não é o momento de voltar ao governo, em uma carta da qual a revista "Foreign Policy" teve acesso.

Michele Flournoy e Ashton Carter (outro antigo funcionário do alto escalão do Pentágono) eram cogitados como os favoritos a substituir Hagel e dirigir a campanha militar contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.

A política, de 53 anos, tem grandes chances de se transformar na primeira mulher à frente do Pentágono no futuro, se os democratas continuarem no comando da Casa Branca em 2016, especialmente em uma eventual presidência de Hillary Clinton, explicaram fontes governamentais ao jornal "Politico".

Michele foi a chefe de política do Pentágono de 2009 a 2012, primeiro com Robert Gates como secretário de Defesa e depois com Leon Panetta, e deixou o cargo por questões pessoais.

Carter e Michele já foram cogitados para o cargo quando Obama nomeou Hagel, em janeiro de 2013, para substituir Panetta.

Carter, de 60 anos, foi o "número 2" do Pentágono entre outubro de 2011 e dezembro de 2013, quando renunciou alegando razões pessoais e porque, aparentemente, se sentia incomodado com as ordens de Hagel, dadas suas aspirações de dirigir essa pasta.

Em um momento de guerra aberta contra os jihadistas, com ataques aéreos no Iraque e Síria executados por uma coalizão internacional liderada pelas EUA, Obama acredita ser necessário outro tipo de liderança no Pentágono e assim fez saber a Hagel, cuja saída foi de mútuo acordo com o presidente, segundo a Casa Branca.