Abbas pede adesão de Palestina ao Tribunal Penal Internacional
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, assinou nesta quarta-feira (31) um pedido de adesão ao Tribunal Penal Internacional (TPI), um dia após a proposta palestina que buscava colocar um fim à ocupação israelense fracassar no Conselho de Segurança da ONU.
Fontes oficiais disseram que Abbas solicitou a adesão da Palestina a 22 organismos internacionais, entre eles o TPI.
Com a medida, a ANP deseja poder levar Israel para a corte por crimes de guerra cometidos nos territórios ocupados em 1967.
Nos últimos anos, após o reconhecimento da Palestina como estado observador pela ONU, Abbas assinou pedidos de inclusão palestina em vários tratados e organizações internacionais, em algumas ocasiões como resposta a decisões israelenses adversas.
O TPI, no entanto, sempre tinha ficado de fora, o que mudou com o último golpe sofrido pelos Palestinos.
A resolução rejeitada ontem pelo Conselho de Segurança fixava um prazo limite de três anos para o fim da ocupação israelense dos territórios palestinos.
Funcionários palestinos haviam dito que contavam com o voto favorável de nove membros do conselho, número necessário para a aprovação da resolução, o que teria obrigado a Washington a exercer seu direito de veto. No final, no entanto, apenas oito países votaram a favor da proposta palestina.
Abbas já tinha sinalizado que pretendida pedir a adesão ao Tribunal Penal Internacional se a resolução não fosse aprovada no Conselho de Segurança.
O governo de Israel disse que com a decisão os palestinos também podem ser julgados no tribunal de Haia (Holanda).
"Quem precisa temer o Tribunal Penal Internacional é a ANP, que se senta com um governo de unidade com o Hamas, uma organização terrorista bem conhecida como o Estado Islâmico por seus crimes de guerra", criticou o Executivo em um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
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