Saiba quem Trump já indicou para compor seu novo governo

Uma semana após a definição sobre sua vitória, Donald Trump já indicou alguns nomes que deverão integrar o novo governo.

Susie Wiles, chefe de gabinete

Susie Wiles durante uma festa eleitoral no Centro de Convenções do Condado de Palm Beach após Donald Trump ser declarado vencedor
Susie Wiles durante uma festa eleitoral no Centro de Convenções do Condado de Palm Beach após Donald Trump ser declarado vencedor Imagem: Jabin Botsford/The Washington Post via Getty Images

Susie Wiles foi o primeiro nome anunciado por Trump para compor seu governo. Wiles é considerada uma das principais arquitetas da sua campanha vitoriosa.

"Susie é dura, inteligente, inovadora, admirada e respeitada em todos os lados", declarou Trump durante o anúncio. Ela será a primeira mulher a ocupar o cargo de chefe de gabinete nos EUA.

Nos bastidores, ela também deve agir como conselheira do presidente eleito. A expectativa é de que ela seja uma das peças-chave para colocar em prática o plano de deportação em massa de imigrantes ilegais no país.

Stephen Miller, vice-chefe de governo para política

Stephen Miller, ex-assessor de Donald Trump, é indicado como vice-chefe de governo para política no novo governo Trump
Stephen Miller, ex-assessor de Donald Trump, é indicado como vice-chefe de governo para política no novo governo Trump Imagem: Brendan Smialowski / AFP

Miller é conselheiro de imigração e ex-assessor de Trump. Ele foi um dos principais conselheiros do republicano em seu primeiro mandato.

Stephen Miller foi uma figura central em muitas decisões políticas de Trump, principalmente sobre imigração. Ele participou, inclusive, na decisão de separar milhares de famílias de imigrantes ilegais em 2018. À época, mais de dois mil menores foram separados de seus pais e familiares.

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Elise Stefanik, embaixadora dos EUA na ONU

Elise Stefanik durante a Convenção Nacional Republicana, em julho de 2024
Elise Stefanik durante a Convenção Nacional Republicana, em julho de 2024 Imagem: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

A parlamentar republicana Elise Stefanik foi escolhida por Trump para ser a embaixadora dos EUA na ONU. "Elise é uma lutadora incrivelmente forte, dura e inteligente do (movimento) America First (América em Primeiro Lugar)", disse Trump em comunicado.

Stefanik vem sendo uma forte aliada de Donald Trump. Em 2019, o defendeu veementemente durante seu primeiro processo de impeachment.

A nomeação de Elise Stefanik depende da aprovação do Senado.

Tom Homan, chefe da agência responsável pelo controle de fronteiras e imigração (ICE)

Tom Homan, ex-diretor interino do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA, fala com apoiadores do ex-presidente dos EUA Donald Trump durante um comício no Banks County Dragway em 26 de março de 2022 em Commerce, Geórgia
Tom Homan, ex-diretor interino do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA, fala com apoiadores do ex-presidente dos EUA Donald Trump durante um comício no Banks County Dragway em 26 de março de 2022 em Commerce, Geórgia Imagem: MEGAN VARNER/AFP
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Conhecido como o "czar das fronteiras", Tom Homan será chefe da agência responsável pelo controle de fronteiras e imigração (ICE). Trump declarou que Homan será responsável por "todas as deportações de estrangeiros ilegais para seus países de origem".

Homan foi diretor do departamento de Imigração e Alfândega dos EUA no primeiro mandato de Trump. "Conheço Tom há muito tempo e não há ninguém melhor do que ele para monitorar e controlar nossas fronteiras", disse Trump.

Durante sua campanha, Trump prometeu uma grande operação para deportar imigrantes ilegais em seu primeiro dia de mandato. "Tenho uma mensagem para os milhões de imigrantes ilegais que Joe Biden deixou entrar em nosso país: é melhor vocês começarem a fazer as malas agora", declarou Homan durante a Convenção Nacional Republicana em julho.

Michael Waltz, conselheiro de Segurança Nacional

Michael Waltz, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, foi escolhido para cargo de conselheiro de Segurança Nacional do governo Trump
Michael Waltz, membro da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, foi escolhido para cargo de conselheiro de Segurança Nacional do governo Trump Imagem: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

Congressista da Flórida e veterano de guerra, Waltz foi confirmado por Trump como conselheiro de Segurança Nacional nesta terça-feira (12). Ele terá um papel fundamental nas decisões de política externa e segurança nacional. É esperado que Waltz lide diretamente com assuntos como a guerra na Ucrânia e mediação para fim dos ataques na Faixa de Gaza.

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"Cético" sobre mais apoio financeiro dos Estados Unidos à Ucrânia, novo conselheiro de Trump apoia pressão para fim da guerra. Em comentários anteriores à sua nomeação, Waltz afirmou que os EUA têm "bastante poder de pressão sobre Zelenski para levá-los à mesa de negociações".

Crítico à China. Além das críticas ao Partido Comunista Chinês durante seu trabalho na Câmara dos Representantes, Mike Waltz já pediu um boicote às Olimpíadas de Inverno de 2022 em Pequim por considerar o país "envolvido na origem da Covid-19".

Lee Zeldin, administrador da Agência de Proteção Ambiental

Lee Zeldin foi indicado como administrador da EPA (Agência de Proteção Ambiental)
Lee Zeldin foi indicado como administrador da EPA (Agência de Proteção Ambiental) Imagem: Yuki IWAMURA / AFP

Ex-congressista republicado, Lee Zeldin será o chefe da EPA (Agência de Proteção Ambiental). No anúncio em sua rede social, Truth Social, Trump disse que "[Lee Zeldin] vai tomar decisões de desregulação rápidas e justas, implementadas de forma a potencializar as empresas americanas, ao mesmo tempo em que mantém os mais altos padrões ambientais, incluindo a água e ar mais limpos do planeta".

Zeldin tomará decisões para reverter as proteções promulgadas pelo governo de Joe Biden. Trump o definiu como um grande defensor das políticas "America First" (América em Primeiro Lugar).

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Marco Rubio, secretário de Estado

Marco Rubio, senador pela Flórida, será o primeiro latino a ocupar o cargo de secretário de Estado nos EUA
Marco Rubio, senador pela Flórida, será o primeiro latino a ocupar o cargo de secretário de Estado nos EUA Imagem: Jim WATSON / AFP

Trump oficializou nesta quarta-feira (13) o senador Marco Rubio como secretário de Estado. O cargo é equivalente ao de ministro das Relações Exteriores no Brasil. Nascido na Flórida, ele é filho de imigrantes cubanos e está envolvido na política norte-americana há 25 anos.

Caso os rumores se confirmem, Rubio será o primeiro latino a ocupar esse cargo. "Este é o momento em que a América Latina estará mais presente no mapa na história de qualquer Presidência dos EUA. É histórico. Não há outra maneira de dizer isso", afirmou Mauricio Claver-Carone, aliado de Rubio, à Reuters.

Rubio é defensor de Israel, é favorável ao fim da guerra na Ucrânia e defende exercer máxima pressão sobre a China. Na América Latina, ele critica duramente o governo cubano, o presidente venezuelano Nicolás Maduro e o nicaraguense Daniel Ortega.

"Ele será um forte defensor da nossa nação, um verdadeiro amigo dos nossos aliados e um guerreiro destemido que nunca recuará diante dos nossos adversários. Estou ansioso para trabalhar com Marco para tornar a América e o mundo seguros e grandes novamente", escreveu Trump.

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Kristi Noem, secretária de Segurança Interna

Cotada para ser a próxima secretária do Departamento de Segurança Interna no governo Trump, Kristi Noem é governadora da Dakota do Sul
Cotada para ser a próxima secretária do Departamento de Segurança Interna no governo Trump, Kristi Noem é governadora da Dakota do Sul Imagem: MANDEL NGAN / AFP

Fontes informaram à Reuters que Kristi Noem, governadora da Dakota do Sul, será a próxima secretária do Departamento de Segurança Interna no governo Trump. O presidente eleito, entretanto, ainda não confirmou a informação.

Noem chegou a ser cotada para ser a vice-presidente na chapa de Trump, o que não aconteceu. Em abril, ela escreveu em um livro de memórias que matou a tiros um cachorro na fazenda de sua família. Ela o classificou como "intreinável", "perigosa para qualquer pessoa com quem ela entrasse em contato" e "menos que inútil" como cão de caça. Essa fala causou reações negativas à população.

Como governadora, ela ganhou destaque durante a pandemia, quando se recusou a impor a obrigatoriedade de máscaras no estado da Dakota do Sul. Em 2022, ela foi reeleita com uma grande margem de votos.

Mike Huckabee, embaixador em Israel

29.out.2024 - Mike Huckabee e Donald Trump na Pensilvânia
29.out.2024 - Mike Huckabee e Donald Trump na Pensilvânia Imagem: Charly TRIBALLEAU / AFP
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O ex-governador do Arkansas irá representar os EUA em Israel em meio à guerra no Oriente Médio. "Tem sido um grande servidor público, governador e líder de fé por muitos anos", escreveu Trump no comunicado.

"Ele ama Israel e o povo de Israel e, da mesma forma, o povo de Israel o ama", disse o republicano. "Mike trabalhará incansavelmente para trazer a paz no Oriente Médio!", acrescentou.

John Ratcliffe como chefe da CIA

5.mai.2020 - John Ratcliffe
5.mai.2020 - John Ratcliffe Imagem: Andrew Harnik / POOL / AFP

John Ratcliffe, que foi diretor de Inteligência Nacional durante o primeiro mandato de Trump, será o próximo diretor da CIA.

O republicano falou em "paz através da força". "Ele será um combatente destemido pelos direitos constitucionais de todos os americanos, ao mesmo tempo em que garantirá os mais altos níveis de Segurança Nacional e a PAZ ATRAVÉS DA FORÇA", informou o presidente eleito em um comunicado.

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Pete Hegseth, secretário de Defesa

Pete Hegseth
Pete Hegseth Imagem: Reprodução/Youtube

"Pete é duro, inteligente e acredita verdadeiramente no America First", disse Trump em um comunicado. "Com Pete no comando, os inimigos dos Estados Unidos estão avisados - nossas Forças Armadas serão grandes novamente, e os Estados Unidos nunca recuarão", afirmou o presidente eleito.

Hegseth já fez parte da Guarda Nacional do Exército e serviu no Afeganistão, no Iraque e na Baía de Guantánamo, em Cuba. A Fox News foi um dos braços da campanha de Trump na eleição.

Elon Musk e Vivek Ramaswamy, chefes do Departamento de Eficiência Governamental

Elon Musk cumprimenta Donald Trump em evento oficial de campanha
Elon Musk cumprimenta Donald Trump em evento oficial de campanha Imagem: Jim WATSON / 31.out.2024-AFP
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O objetivo da dupla será "desmantelar a burocracia governamental", diz o comunicado. "Tenho o prazer de anunciar que o grande Elon Musk, trabalhando em conjunto com o patriota americano Vivek Ramaswamy, liderará o Departamento de Eficiência Governamental".

Trump falou em reestruturar agências federais. "Juntos, esses dois americanos maravilhosos abrirão caminho para que minha administração desmantele a burocracia governamental, corte regulamentações excessivas, corte gastos desnecessários e reestruture as agências federais - essenciais para o movimento "Salve a América".

O bilionário Musk foi um grande apoiador do republicano durante a campanha eleitoral. Ele publicou frequentemente mensagens em sua plataforma em apoio ao presidente e criou um sorteio diário US$ 1 milhão para seus potenciais eleitores, que fez com que a Justiça americana questionasse a ação. Ao todo, o dono do X doou quase US$ 75 milhões (R$ 431,6 milhões) para a campanha do republicano.

* Com AFP, DW, Reuters e RFI

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