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Kerry irá a Paris na quinta-feira para expressar apoio dos EUA após ataques

12/01/2015 12h44

Nova Délhi, 12 jan (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, anunciou nesta segunda-feira, na Índia, que irá a Paris na quinta-feira para expressar a solidariedade do governo americano aos franceses após os ataques extremistas em Paris na semana passada.

"Os Estados Unidos estão profundamente comprometidos com a França desde o primeiro instante do terrível atentado", disse Kerry em resposta a uma pergunta sobre a ausência de altos representantes do governo americano na manifestação de ontem, na capital francesa.

O dirigente americano afirmou durante uma entrevista coletiva em Gujarat, no oeste da Índia, que foi um dos primeiros a ligar para a França após o ato terrorista e o próprio presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, falou com o líder francês, François Hollande.

"Temos uma conexão muito forte com a França" e "oferecemos nossos serviços de inteligência desde o primeiro instante", acrescentou durante o comparecimento retransmitida por televisões locais.

O secretário de Estado afirmou que os Estados Unidos estiveram representados na manifestação em Paris pela porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, e sua embaixadora na França, Jane Hartley.

Kerry declarou que gostaria de ter comparecido, mas não pôde devido ao compromisso com a cúpula econômica Vibrant Gujarat. No entanto, irá à capital francesa ao deixar a Bulgária, antes de retornar aos Estados Unidos, para "deixar claro" o apoio de seu país.

"Acho que o povo da França não tem nenhuma dúvida sobre a compreensão dos EUA sobre o que ocorreu, sobre nossa sensação de perda e nosso profundo compromisso neste momento de desafio", manifestou.

Kerry já expressou ontem o respaldo à manifestação de repúdio em seu discurso na cúpula, no qual enviou uma mensagem de solidariedade e de unidade na luta pela liberdade e contra o extremismo.

"Nenhum ato de terror impedirá a marcha da liberdade", afirmou em referência aos três atentados jihadistas que causaram 17 mortes na França na semana passada, 12 deles no massacre na revista satírica "Charlie Hebdo".