Bolívia enviará proposta formal para retomar relação diplomática com o Chile
La Paz, 3 ago (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou nesta segunda-feira que o Ministério de Relações Exteriores do país se encarregará de formalizar a proposta feita ao Chile na semana passada para restabelecer as relações diplomáticas e buscar uma solução definitiva para a reivindicação marítima boliviana.
Em entrevista coletiva em La Paz, Morales indicou que, por enquanto, não recebeu uma resposta oficial à proposta feita ao governo chileno para retomar os laços diplomáticos, um processo mediado pelo papa Francisco.
"Estará a cargo da nossa chancelaria viabilizar essa proposta séria e formal para obter como resultado a integração de nossos povos", indicou Morales.
No entanto, reiterou que para restabelecer as relações com o Chile será preciso "algum compromisso formal" para resolver a reivindicação boliviana: uma restituição do acesso soberano ao oceano Pacífico perdido em uma guerra em 1879.
Por isso, o presidente boliviano propôs restabelecer os laços com mediação do papa Francisco, mas também "com metas e o tempo definido de cinco anos". Porém, reconheceu que "não há uma solução fácil".
Bolívia e Chile não têm relações diplomáticas desde 1962, salvo um curto período entre 1975 e 1978, pela falta de consenso à exigência marítima boliviana. Apesar disso, os países mantêm consulados gerais em La Paz e Santiago.
Morales apresentou em 2013 um requerimento na Corte Internacional de Justiça (CIJ) na busca de uma decisão judicial que obrigasse o Chile a negociar o assunto. A Bolívia defendeu que o processo tem como base as ofertas de diversas autoridades e diplomatas do Chile para solucionar a falta de acesso ao mar.
O governo chileno questionou a competência da CIJ para julgar a reivindicação do país vizinho, alegando que as atuais fronteiras dos países foram estabelecidas em um tratado assinado em 1904.
O Chile propôs retomar os laços diplomáticos de forma incondicional nas últimas semanas, depois de o papa Francisco pedir mais diálogo para que os dois países resolvam suas diferenças.
Morales reiterou hoje que o governo chileno deve entender que "o tema mar" foi responsável por deteriorar as relações entre os dois países.
O líder boliviano anunciou que convocará os ex-presidentes Guido Vildoso (1982), Jaime Zamora (1989-1993) e Jorge Quiroga (2001-2002) para uma reunião que definirá as "tarefas específicas" de cada um dentro da equipe que discutirá a reivindicação marítima.
Os três foram convidados por Morales na semana passada para se unir ao grupo, no qual já estão os ex-presidentes Eduardo Rodríguez (2005-2006) e Carlos Mesa (2003-2005).
Morales reconheceu que "tem diferenças ideológicas" com alguns dos ex-presidentes, mas isso não impede que todos se unam pela causa marítima do país.
Em entrevista coletiva em La Paz, Morales indicou que, por enquanto, não recebeu uma resposta oficial à proposta feita ao governo chileno para retomar os laços diplomáticos, um processo mediado pelo papa Francisco.
"Estará a cargo da nossa chancelaria viabilizar essa proposta séria e formal para obter como resultado a integração de nossos povos", indicou Morales.
No entanto, reiterou que para restabelecer as relações com o Chile será preciso "algum compromisso formal" para resolver a reivindicação boliviana: uma restituição do acesso soberano ao oceano Pacífico perdido em uma guerra em 1879.
Por isso, o presidente boliviano propôs restabelecer os laços com mediação do papa Francisco, mas também "com metas e o tempo definido de cinco anos". Porém, reconheceu que "não há uma solução fácil".
Bolívia e Chile não têm relações diplomáticas desde 1962, salvo um curto período entre 1975 e 1978, pela falta de consenso à exigência marítima boliviana. Apesar disso, os países mantêm consulados gerais em La Paz e Santiago.
Morales apresentou em 2013 um requerimento na Corte Internacional de Justiça (CIJ) na busca de uma decisão judicial que obrigasse o Chile a negociar o assunto. A Bolívia defendeu que o processo tem como base as ofertas de diversas autoridades e diplomatas do Chile para solucionar a falta de acesso ao mar.
O governo chileno questionou a competência da CIJ para julgar a reivindicação do país vizinho, alegando que as atuais fronteiras dos países foram estabelecidas em um tratado assinado em 1904.
O Chile propôs retomar os laços diplomáticos de forma incondicional nas últimas semanas, depois de o papa Francisco pedir mais diálogo para que os dois países resolvam suas diferenças.
Morales reiterou hoje que o governo chileno deve entender que "o tema mar" foi responsável por deteriorar as relações entre os dois países.
O líder boliviano anunciou que convocará os ex-presidentes Guido Vildoso (1982), Jaime Zamora (1989-1993) e Jorge Quiroga (2001-2002) para uma reunião que definirá as "tarefas específicas" de cada um dentro da equipe que discutirá a reivindicação marítima.
Os três foram convidados por Morales na semana passada para se unir ao grupo, no qual já estão os ex-presidentes Eduardo Rodríguez (2005-2006) e Carlos Mesa (2003-2005).
Morales reconheceu que "tem diferenças ideológicas" com alguns dos ex-presidentes, mas isso não impede que todos se unam pela causa marítima do país.
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