Polícia detém 300 mulheres que reivindicavam acesso a ídolo hindu na Índia
Nova Délhi, 27 jan (EFE).- A polícia da Índia deteve 300 feministas que marchavam em direção a um templo hindu no oeste da Índia para reivindicar o fim de uma tradição que proíbe as mulheres de entrar no local onde está um venerado ídolo, informou uma fonte oficial à Agência Efe nesta quarta-feira.
Centenas de ativistas da organização Bhumata Brigade iam ontem em seis ônibus ao templo do deus Shani, em Shingnapur, no estado de Maharashtra, quando a 70 quilômetros de chegaram foram barradas pela polícia, que prendeu 300 delas.
"As detivemos para nos anteciparmos aos confrontos entre elas e as centenas de autoridades do templo e aldeães que as esperavam em Shingnapur", afirmou o superintendente adjunto da polícia do distrito, Pankaj Ashokrao Deshmukh.
Segundo Deshmukh, as ativistas permaneceram detidas somente durante "uma hora e meia" e depois foram liberadas.
"É muito infeliz que a polícia nos detivesse à força. Não fazíamos nada de ruim. Deveria haver igualdade de direitos entre homens e mulheres para entrar no templo", afirmou a líder da Bhumata Brigade, Trupti Desai.
Apesar da detenção, Desai assegurou que a partir de agora todos os dias quatro mulheres de sua organização tentarão entrar pelas escadas que levam até o venerado deus Shani.
O templo é uma plataforma ao ar livre no centro de Shingnapur onde no topo há uma rocha negra que simboliza o deus Shani, associado ao planeta Saturno que, entre outros poderes, espanta os ladrões, o que deu fama à cidade de ser a único do país onde as portas nunca se fecham.
De acordo com uma tradição centenária, as mulheres não podem se aproximar do ídolo para evitar que danifiquem as "fortes vibrações" que o deus emana, explicou a própria presidente do órgão que dirige o templo, Anita Shete.
"Como presidente do centro, lutarei até meu último dia para defender esta tradição centenária", sentenciou Shete, publicou o jornal "Hindustan Times".
O chefe do governo de Maharashtra, Devendra Fadnavis, do partido nacionalista hindu BJP, se mostrou a favor das ativistas, ao destacar que "o hinduísmo e a cultura indiana concedem o direito de rezar a toda mulher", escreveu em sua conta no Twitter.
"A discriminação nas orações não pertence a nossa cultura. As autoridades do templo deveriam resolver o problema através do diálogo", afirmou Fadnavis.
Centenas de ativistas da organização Bhumata Brigade iam ontem em seis ônibus ao templo do deus Shani, em Shingnapur, no estado de Maharashtra, quando a 70 quilômetros de chegaram foram barradas pela polícia, que prendeu 300 delas.
"As detivemos para nos anteciparmos aos confrontos entre elas e as centenas de autoridades do templo e aldeães que as esperavam em Shingnapur", afirmou o superintendente adjunto da polícia do distrito, Pankaj Ashokrao Deshmukh.
Segundo Deshmukh, as ativistas permaneceram detidas somente durante "uma hora e meia" e depois foram liberadas.
"É muito infeliz que a polícia nos detivesse à força. Não fazíamos nada de ruim. Deveria haver igualdade de direitos entre homens e mulheres para entrar no templo", afirmou a líder da Bhumata Brigade, Trupti Desai.
Apesar da detenção, Desai assegurou que a partir de agora todos os dias quatro mulheres de sua organização tentarão entrar pelas escadas que levam até o venerado deus Shani.
O templo é uma plataforma ao ar livre no centro de Shingnapur onde no topo há uma rocha negra que simboliza o deus Shani, associado ao planeta Saturno que, entre outros poderes, espanta os ladrões, o que deu fama à cidade de ser a único do país onde as portas nunca se fecham.
De acordo com uma tradição centenária, as mulheres não podem se aproximar do ídolo para evitar que danifiquem as "fortes vibrações" que o deus emana, explicou a própria presidente do órgão que dirige o templo, Anita Shete.
"Como presidente do centro, lutarei até meu último dia para defender esta tradição centenária", sentenciou Shete, publicou o jornal "Hindustan Times".
O chefe do governo de Maharashtra, Devendra Fadnavis, do partido nacionalista hindu BJP, se mostrou a favor das ativistas, ao destacar que "o hinduísmo e a cultura indiana concedem o direito de rezar a toda mulher", escreveu em sua conta no Twitter.
"A discriminação nas orações não pertence a nossa cultura. As autoridades do templo deveriam resolver o problema através do diálogo", afirmou Fadnavis.
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