China impede ativista Nem Yulan de sair do país para receber prêmio nos EUA
Pequim, 29 mar (EFE).- As autoridades chinesas impediram a Nem Yulan, advogada e ativista chinesa de direitos humanos, de viajar para Washington para receber o Prêmio Internacional para Mulheres com Coragem, concedido anualmente pelo Departamento de Estado americano, ela contou nesta terça-feira à Agência Efe.
Nem, advogada que vive em uma cadeira de rodas desde 2002 em consequência de torturas sofridas em prisão, tentou iniciar em fevereiro os trâmites para a expedição de um novo passaporte, após ter perdido o que tinha, mas as autoridades se negaram, explicou.
"Disseram que se deve à minha relação com os advogados de Tianjin", explicou Nem, em alusão à campanha contra advogados defensores dos direitos humanos que o governo chinês empreende desde o ano passado, e que se saldou com centenas de detenções e interrogatórios.
A cerimônia de entrega do prêmio foi realizada ontem em Washington, homenageando 14 mulheres de países como Bangladesh, Rússia, Iraque, Sudão e Guatemala.
Nem é a terceira mulher chinesa que recebe este prêmio, depois de Guo Jianmei (diretora do Centro de Estudos Jurídicos e Ajuda Legal para Mulheres) em 2011 e da escritora tibetana Tsering Woeser, em 2013, que também não pôde recebê-lo pessoalmente.
Nem Yulan e seu marido Dong Jiqin defenderam durante anos vítimas de despejos de inquilinos e demolições forçadas na capital chinesa, causados pela especulação imobiliária e a impunidade das construtoras, em muitas ocasiões em conivência com governos locais.
O casal também perdeu seu lar devido a estes abusos, e no fim de semana passado voltaram a ser despejados da casa alugada em que viviam, em um incidente no qual o pai da ativista foi agredido, contou Nem.
"Seis ou sete jovens vestidos de negro o bateram", relatou Nem, que garantiu que as autoridades "pressionaram o locador para que não pudéssemos viver mais ali".
O casal foi detido e condenado à prisão várias vezes, a última delas em 2011, durante uma campanha das autoridades contra o ativismo em todos os campos, por temer que o contágio dos protestos da então chamada "primavera árabe".
Nem, advogada que vive em uma cadeira de rodas desde 2002 em consequência de torturas sofridas em prisão, tentou iniciar em fevereiro os trâmites para a expedição de um novo passaporte, após ter perdido o que tinha, mas as autoridades se negaram, explicou.
"Disseram que se deve à minha relação com os advogados de Tianjin", explicou Nem, em alusão à campanha contra advogados defensores dos direitos humanos que o governo chinês empreende desde o ano passado, e que se saldou com centenas de detenções e interrogatórios.
A cerimônia de entrega do prêmio foi realizada ontem em Washington, homenageando 14 mulheres de países como Bangladesh, Rússia, Iraque, Sudão e Guatemala.
Nem é a terceira mulher chinesa que recebe este prêmio, depois de Guo Jianmei (diretora do Centro de Estudos Jurídicos e Ajuda Legal para Mulheres) em 2011 e da escritora tibetana Tsering Woeser, em 2013, que também não pôde recebê-lo pessoalmente.
Nem Yulan e seu marido Dong Jiqin defenderam durante anos vítimas de despejos de inquilinos e demolições forçadas na capital chinesa, causados pela especulação imobiliária e a impunidade das construtoras, em muitas ocasiões em conivência com governos locais.
O casal também perdeu seu lar devido a estes abusos, e no fim de semana passado voltaram a ser despejados da casa alugada em que viviam, em um incidente no qual o pai da ativista foi agredido, contou Nem.
"Seis ou sete jovens vestidos de negro o bateram", relatou Nem, que garantiu que as autoridades "pressionaram o locador para que não pudéssemos viver mais ali".
O casal foi detido e condenado à prisão várias vezes, a última delas em 2011, durante uma campanha das autoridades contra o ativismo em todos os campos, por temer que o contágio dos protestos da então chamada "primavera árabe".
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