Brasil e Argentina pedem "conciliação" na Venezuela e Mercosul mais dinâmico
Buenos Aires, 23 mai (EFE).- Os chanceleres de Brasil e Argentina afirmaram nesta segunda-feira que gostariam que a Venezuela encontrasse um "caminho de conciliação" em sua situação política interna e coincidiram na necessidade de dar maior dinamismo às relações externas do Mercosul, em particular na concretização do acordo comercial que está sendo negociado com a União Europeia.
"A Venezuela está em uma situação crítica", disse aos jornalistas o ministro das Relações Exteriores José Serra, que escolheu a Argentina para realizar sua primeira viagem ao exterior desde que Michel Temer assumiu a presidência interina do Brasil, enquanto Dilma Rousseff é alvo de um processo de impeachment no Senado.
Em uma "visita proveitosa", segundo o próprio Serra, que manteve encontros na capital argentina com o presidente Mauricio Macri e com sua equivalente, a chanceler Susana Malcorra, com quem assinou um memorando de entendimento para a criação de um Mecanismo de Coordenação Política Bilateral.
Um dos assuntos tratados pelos dois chanceleres, e que assumiram como um "fato relevante para a América Latina", de acordo com Serra, foi a crise vivida na Venezuela.
"Estamos atentos. Temos interesses, Brasil e Argentina, de que possa haver uma mediação", especificou o ministro, ao indicar que os dois países apoiam tentativas para encontrar um "caminho de conciliação", como as realizadas por figuras como o papa Francisco e o ex-presidente do governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero.
No entanto, as relações bilaterais e o estado no qual se encontra o Mercosul, foram os pilares fundamentais do encontro entre os dois ministros.
Serra ressaltou que, do ponto de vista prático, resolveu criar junto com Malcorra, tanto no Senado argentino como no brasileiro, uma comissão para acompanhar a implementação de medidas que ambos os governos estão negociando para dinamizar o Mercosul e "eliminar problemas de natureza legislativa que possam estar travando as relações".
Nesse mesmo sentido se posicionou a chanceler argentina, que evocou em um comunicado os princípios compartilhados que sustentam a integração regional e reafirmou a vontade de seu país de continuar trabalhando nesse âmbito para desenvolver uma agenda comum para o interior do bloco.
"E levar adiante negociações conjuntas com terceiros países e grupos de países, tudo isso em busca de um maior bem-estar para seus povos", ressaltou a ministra, que também destacou a necessidade de aperfeiçoar o Mercosul e incorporar ao bloco novas disciplinas, em linha com processos de integração mais modernos, e impulsionando avanços nos temas relevantes de sua agenda.
Também dando "maior dinamismo a suas relações externas, tanto em nível regional como extrarregional, particularmente no contexto da negociação com a União Europeia (UE) e outros processos em curso", ressaltou Malcorra.
Já Serra afirmou que o Brasil pretende "agilizar" os mecanismos de articulação para facilitar as negociações bilaterais de comércio. EFE
rgm/rpr
(foto)(vídeo)
"A Venezuela está em uma situação crítica", disse aos jornalistas o ministro das Relações Exteriores José Serra, que escolheu a Argentina para realizar sua primeira viagem ao exterior desde que Michel Temer assumiu a presidência interina do Brasil, enquanto Dilma Rousseff é alvo de um processo de impeachment no Senado.
Em uma "visita proveitosa", segundo o próprio Serra, que manteve encontros na capital argentina com o presidente Mauricio Macri e com sua equivalente, a chanceler Susana Malcorra, com quem assinou um memorando de entendimento para a criação de um Mecanismo de Coordenação Política Bilateral.
Um dos assuntos tratados pelos dois chanceleres, e que assumiram como um "fato relevante para a América Latina", de acordo com Serra, foi a crise vivida na Venezuela.
"Estamos atentos. Temos interesses, Brasil e Argentina, de que possa haver uma mediação", especificou o ministro, ao indicar que os dois países apoiam tentativas para encontrar um "caminho de conciliação", como as realizadas por figuras como o papa Francisco e o ex-presidente do governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero.
No entanto, as relações bilaterais e o estado no qual se encontra o Mercosul, foram os pilares fundamentais do encontro entre os dois ministros.
Serra ressaltou que, do ponto de vista prático, resolveu criar junto com Malcorra, tanto no Senado argentino como no brasileiro, uma comissão para acompanhar a implementação de medidas que ambos os governos estão negociando para dinamizar o Mercosul e "eliminar problemas de natureza legislativa que possam estar travando as relações".
Nesse mesmo sentido se posicionou a chanceler argentina, que evocou em um comunicado os princípios compartilhados que sustentam a integração regional e reafirmou a vontade de seu país de continuar trabalhando nesse âmbito para desenvolver uma agenda comum para o interior do bloco.
"E levar adiante negociações conjuntas com terceiros países e grupos de países, tudo isso em busca de um maior bem-estar para seus povos", ressaltou a ministra, que também destacou a necessidade de aperfeiçoar o Mercosul e incorporar ao bloco novas disciplinas, em linha com processos de integração mais modernos, e impulsionando avanços nos temas relevantes de sua agenda.
Também dando "maior dinamismo a suas relações externas, tanto em nível regional como extrarregional, particularmente no contexto da negociação com a União Europeia (UE) e outros processos em curso", ressaltou Malcorra.
Já Serra afirmou que o Brasil pretende "agilizar" os mecanismos de articulação para facilitar as negociações bilaterais de comércio. EFE
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