Turquia anuncia normalização das relações com Rússia e Egito
Ancara, 28 jun (EFE).- O primeiro-ministro da Turquia, Binali Yildirim, anunciou a normalização das relações bilaterais entre seu país e a Rússia, que ficaram abaladas com a derrubada de um avião russo pelas forças turcas em novembro do ano passado, assim como dos vínculos diplomáticos com o Egito, rompidos desde junho de 2013.
"Haverá uma conversa telefônica entre nosso presidente e o presidente russo (Vladimir Putin) hoje (segunda-feira) ou amanhã (terça-feira), na quarta-feira ou na quinta-feira", disse Yildirim na noite de segunda-feira à emissora pública "TRT".
"O processo (para sair da crise com a Rússia) já começou", acrescentou o chefe do governo turco.
Yildirim assegurou que as tensões dos últimos seis meses serão desconsideradas e que ambos os países retomarão as boas relações que existiam antes do incidente.
O premiê turco se referiu à recente carta de desculpas que presidente Recep Tayyip Erdogan enviou a Vladimir Putin pela derrubada do avião russo na fronteira entre Síria e Turquia, e garantiu que o desejo de distensão é recíproco.
"Expressamos nosso pesar. Dissemos que vamos pagar uma compensação em caso de necessidade e que queremos normalizar as relações. Esta é a essência. Não é uma vontade unilateral, mas de ambas as partes. O problema está sendo resolvido", afirmou o premiê.
A presidente do Senado da Rússia, Valentina Matviyenko, já havia dito ontem que as desculpas de Erdogan podem ser o primeiro passo para descongelar as relações entre os dois países.
A derrubada de um caça russo Su-24 pelas forças turcas quando este havia invadido, segundo o governo turco, o espaço aéreo da Turquia, deu início a uma grave crise nas relações entre os dois países, na qual Moscou impôs diversas sanções econômicas sobre Ancara.
Yildirim também falou sobre a normalização de relações com o Egito, que foram interrompidas pela Turquia em junho de 2013 em protesto pela deposição e prisão do ex-presidente egípcio Mohammed Mursi pelo general Abdul Fatah al Sisi, atual mandatário do país.
"Não podemos cortar tudo ao mesmo tempo. A maneira como o regime mudou, as penas injustas impostas à equipe de Mursi, isso é uma coisa. Mas não há nenhum obstáculo para o desenvolvimento das relações econômicas. Pode haver intercâmbios entre ministros e delegações comerciais, pode haver contatos militares", indicou Yildirim.
Os anúncios de normalização das relações com Rússia e Egito também coincidem com o reatamento com Israel, após um acordo alcançado ontem para pôr fim a seis anos de desencontro diplomático. EFE
dt-wr/rpr
"Haverá uma conversa telefônica entre nosso presidente e o presidente russo (Vladimir Putin) hoje (segunda-feira) ou amanhã (terça-feira), na quarta-feira ou na quinta-feira", disse Yildirim na noite de segunda-feira à emissora pública "TRT".
"O processo (para sair da crise com a Rússia) já começou", acrescentou o chefe do governo turco.
Yildirim assegurou que as tensões dos últimos seis meses serão desconsideradas e que ambos os países retomarão as boas relações que existiam antes do incidente.
O premiê turco se referiu à recente carta de desculpas que presidente Recep Tayyip Erdogan enviou a Vladimir Putin pela derrubada do avião russo na fronteira entre Síria e Turquia, e garantiu que o desejo de distensão é recíproco.
"Expressamos nosso pesar. Dissemos que vamos pagar uma compensação em caso de necessidade e que queremos normalizar as relações. Esta é a essência. Não é uma vontade unilateral, mas de ambas as partes. O problema está sendo resolvido", afirmou o premiê.
A presidente do Senado da Rússia, Valentina Matviyenko, já havia dito ontem que as desculpas de Erdogan podem ser o primeiro passo para descongelar as relações entre os dois países.
A derrubada de um caça russo Su-24 pelas forças turcas quando este havia invadido, segundo o governo turco, o espaço aéreo da Turquia, deu início a uma grave crise nas relações entre os dois países, na qual Moscou impôs diversas sanções econômicas sobre Ancara.
Yildirim também falou sobre a normalização de relações com o Egito, que foram interrompidas pela Turquia em junho de 2013 em protesto pela deposição e prisão do ex-presidente egípcio Mohammed Mursi pelo general Abdul Fatah al Sisi, atual mandatário do país.
"Não podemos cortar tudo ao mesmo tempo. A maneira como o regime mudou, as penas injustas impostas à equipe de Mursi, isso é uma coisa. Mas não há nenhum obstáculo para o desenvolvimento das relações econômicas. Pode haver intercâmbios entre ministros e delegações comerciais, pode haver contatos militares", indicou Yildirim.
Os anúncios de normalização das relações com Rússia e Egito também coincidem com o reatamento com Israel, após um acordo alcançado ontem para pôr fim a seis anos de desencontro diplomático. EFE
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