Justiça alemã inicia julgamento contra pais que mataram oito filhos
(Atualiza com as declarações dos acusados)
Berlim, 12 jul (EFE).- O Tribunal de Coburg, no sul da Alemanha, iniciou nesta terça-feira o julgamento contra os pais de oito bebês encontrados mortos no ano passado na casa do casal, que, segundo a promotoria, "não queria ter a vida limitada pelos filhos".
A promotoria acusa a mulher de ter assassinado quatro dos bebês e o pai de tê-la ajudado, já que as autópsias não permitiram determinar com clareza se as outras quatro crianças chegaram a viver após o parto.
A mãe, de 45 anos, reconheceu no início do julgamento que matou vários filhos, mas não pôde precisar a quantidade exata.
Em declaração lida por seu advogado, a mulher explicou que após cada parto, envolvia a cabeça do bebê em uma toalha e apertava se notava sinais de vida, mas que não sabia em quantas crianças realizou este procedimento. "Podem ser duas, três, ou quatro", afirmou.
Quando em novembro foram achados os corpos dos oito bebês, envolvidos em toalhas e bolsas de plástico em uma casa da pequena cidade bávara de Wallenfels, o casal, com três filhos vivos em comum, já se tinha separado.
O advogado da mulher explicou que tanto sua mãe como o homem, que não desejava mais filhos, tinham lhe pressionado para que se submetesse a uma esterilização, algo ao qual ela se negou.
Segundo seu relato, depois de saber que estava grávida em 2003 e contar para seu companheiro, este ficou bravo e pediu que ela abortasse, por isso que a partir de então evitou qualquer pensamento sobre gestação.
Também se negou a admitir suas seguintes sete gestações e, garantiu, se via totalmente surpreendida com a chegada do parto.
O pai das crianças, de 55 anos, não respondeu às acusações da promotoria, que considerou que teve conhecimento das gestações e que, portanto, é preciso assumir que também sabia que sua mulher se desfazia das crianças, e que não impedia.
A polícia encontrou os corpos depois que uma pessoa alertou ao serviço de emergências que tinha achado o corpo de um bebê na casa e ao chegar ao lugar os serviços sanitários encontraram os outros sete cadáveres em uma das dependências que era utilizada como quarto auxiliar.
Além dos três filhos vivos em comum, cada membro do casal tinha mais dois filhos de anteriores relações.
A mulher, de 45 anos, tinha deixado a casa há alguns meses e foi detida junto a um novo companheiro em uma pensão de uma cidade próxima.
Após a detenção, a mesma confessou às autoridades que tinha matado vários de seus bebês e foi presa, onde foi submetida a exames psiquiátricos.
Espera-se que a sentença do julgamento seja ditada ainda neste mesmo mês de julho.
O caso de Wallenfels fez lembrar outros fatos similares ocorridos no país nos últimos ano, o mais grave protagonizado por Sabine H. no estado de Brandemburgo (leste).
Em 2005, descobriu-se que a mulher tinha assassinado na década dos anos 90 nove de seus 13 filhos.
Berlim, 12 jul (EFE).- O Tribunal de Coburg, no sul da Alemanha, iniciou nesta terça-feira o julgamento contra os pais de oito bebês encontrados mortos no ano passado na casa do casal, que, segundo a promotoria, "não queria ter a vida limitada pelos filhos".
A promotoria acusa a mulher de ter assassinado quatro dos bebês e o pai de tê-la ajudado, já que as autópsias não permitiram determinar com clareza se as outras quatro crianças chegaram a viver após o parto.
A mãe, de 45 anos, reconheceu no início do julgamento que matou vários filhos, mas não pôde precisar a quantidade exata.
Em declaração lida por seu advogado, a mulher explicou que após cada parto, envolvia a cabeça do bebê em uma toalha e apertava se notava sinais de vida, mas que não sabia em quantas crianças realizou este procedimento. "Podem ser duas, três, ou quatro", afirmou.
Quando em novembro foram achados os corpos dos oito bebês, envolvidos em toalhas e bolsas de plástico em uma casa da pequena cidade bávara de Wallenfels, o casal, com três filhos vivos em comum, já se tinha separado.
O advogado da mulher explicou que tanto sua mãe como o homem, que não desejava mais filhos, tinham lhe pressionado para que se submetesse a uma esterilização, algo ao qual ela se negou.
Segundo seu relato, depois de saber que estava grávida em 2003 e contar para seu companheiro, este ficou bravo e pediu que ela abortasse, por isso que a partir de então evitou qualquer pensamento sobre gestação.
Também se negou a admitir suas seguintes sete gestações e, garantiu, se via totalmente surpreendida com a chegada do parto.
O pai das crianças, de 55 anos, não respondeu às acusações da promotoria, que considerou que teve conhecimento das gestações e que, portanto, é preciso assumir que também sabia que sua mulher se desfazia das crianças, e que não impedia.
A polícia encontrou os corpos depois que uma pessoa alertou ao serviço de emergências que tinha achado o corpo de um bebê na casa e ao chegar ao lugar os serviços sanitários encontraram os outros sete cadáveres em uma das dependências que era utilizada como quarto auxiliar.
Além dos três filhos vivos em comum, cada membro do casal tinha mais dois filhos de anteriores relações.
A mulher, de 45 anos, tinha deixado a casa há alguns meses e foi detida junto a um novo companheiro em uma pensão de uma cidade próxima.
Após a detenção, a mesma confessou às autoridades que tinha matado vários de seus bebês e foi presa, onde foi submetida a exames psiquiátricos.
Espera-se que a sentença do julgamento seja ditada ainda neste mesmo mês de julho.
O caso de Wallenfels fez lembrar outros fatos similares ocorridos no país nos últimos ano, o mais grave protagonizado por Sabine H. no estado de Brandemburgo (leste).
Em 2005, descobriu-se que a mulher tinha assassinado na década dos anos 90 nove de seus 13 filhos.
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