Anistia Internacional defende burquíni e ataca proibição em cidades da França
Paris, 25 ago (EFE).- Às vésperas da decisão do Conselho de Estado da França sobre uma possível proibição do burquíni no país, a Anistia Internacional afirmou nesta quinta-feira que manter a restrição imposta em vários municípios ao maiô utilizado pelas muçulmanas para cobrir o corpo poderia abrir caminho para "violências contra mulheres e meninas".
Segundo a organização, não anular a proibição do burquíni - que existe em mais de 30 praias francesas desde o começo de agosto - "seria perder uma oportunidade para acabar com os ataques à liberdade de expressão e religião das mulheres e a seu direito de não serem discriminadas".
A mais alta corte administrativa francesa examina na sexta-feira um decreto municipal que proíbe o uso do burquíni, decisão que definirá jurisprudência sobre a questão no país.
O grupo alertou que a proibição do burquíni não protege os direitos das mulheres, como alegam as autoridades francesas, mas, sim, uma decisão "coberta e nutrida por preconceitos e intolerância" e reforça "estereótipos negativos contra uma minoria já estigmatizada".
A Anistia ressaltou ainda que essa medida discriminatória apenas permite "uma humilhação pública" e sua aplicação "contribui para um tratamento degradante e violências contra as mulheres e meninas muçulmanas".
O governo nacional descartou oficialmente legislar sobre o assunto, mas a divergência sobre o tema reina dentro do partido socialista. A ministra da educação, Najat Vallaud-Belkacem, avalia a proibição do burquíni como algo "perigoso para a unidade nacional", enquanto o primeiro-ministro, Manuel Valls, defende a medida.
Valls tem a mesma opinião do ex-presidente conservador e candidato a ocupar novamente o cargo Nicolas Sarkozy, que reiterou em seu primeiro comício da campanha para as primárias de seu partido, Os Socialistas, nesta quinta, o desejo de aprovar uma lei contra o véu e outras peças que tachou de "provocações militantes e políticas".
Mais cedo, o presidente francês, François Hollande, havia dito que a coexistência entre diferentes culturas "pressupõe que cada um se adapte às regras e que não haja provocações e estigmas".
Segundo a organização, não anular a proibição do burquíni - que existe em mais de 30 praias francesas desde o começo de agosto - "seria perder uma oportunidade para acabar com os ataques à liberdade de expressão e religião das mulheres e a seu direito de não serem discriminadas".
A mais alta corte administrativa francesa examina na sexta-feira um decreto municipal que proíbe o uso do burquíni, decisão que definirá jurisprudência sobre a questão no país.
O grupo alertou que a proibição do burquíni não protege os direitos das mulheres, como alegam as autoridades francesas, mas, sim, uma decisão "coberta e nutrida por preconceitos e intolerância" e reforça "estereótipos negativos contra uma minoria já estigmatizada".
A Anistia ressaltou ainda que essa medida discriminatória apenas permite "uma humilhação pública" e sua aplicação "contribui para um tratamento degradante e violências contra as mulheres e meninas muçulmanas".
O governo nacional descartou oficialmente legislar sobre o assunto, mas a divergência sobre o tema reina dentro do partido socialista. A ministra da educação, Najat Vallaud-Belkacem, avalia a proibição do burquíni como algo "perigoso para a unidade nacional", enquanto o primeiro-ministro, Manuel Valls, defende a medida.
Valls tem a mesma opinião do ex-presidente conservador e candidato a ocupar novamente o cargo Nicolas Sarkozy, que reiterou em seu primeiro comício da campanha para as primárias de seu partido, Os Socialistas, nesta quinta, o desejo de aprovar uma lei contra o véu e outras peças que tachou de "provocações militantes e políticas".
Mais cedo, o presidente francês, François Hollande, havia dito que a coexistência entre diferentes culturas "pressupõe que cada um se adapte às regras e que não haja provocações e estigmas".
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