Topo

Comentário de Trump sobre morte de prima de astro do basquete provoca reação de Wade

Prima de Dwayne Wade foi assassinada quando passeava com seu bebê em Chicago - AP Photo/Eric Gay
Prima de Dwayne Wade foi assassinada quando passeava com seu bebê em Chicago Imagem: AP Photo/Eric Gay

27/08/2016 17h10

Washington, 27 ago (EFE).- O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste sábado que os negros votarão nele nas eleições de novembro devido a fatos como o assassinato a tiros da prima da estrela do basquete Dwyane Wade enquanto passeava com seu bebê em Chicago.

"A prima de Dwayne Wade foi atingida enquanto passeava com seu bebê em Chicago. Exatamente o que estive dizendo. Os afro-americanos votarão em Trump!", escreveu hoje o magnata nova-iorquino em sua ativa conta no Twitter.

Nykea Aldridge, prima do jogador do Chicago Bulls, morreu na sexta-feira aos 32 anos após ficar no meio do fogo cruzado de dois homens e receber o impacto das balas quando passeava com seu bebê pelo bairro de Parkway Gardens do South Side da cidade de Chicago.

Imediatamente, Wade expressou sua indignação no Twitter: "Minha prima foi assassinada hoje em Chicago. Outro ato sem sentido de violência por arma de fogo. Quatro crianças perderam sua mãe SEM RAZÃO".

A mensagem de Trump sobre o incidente despertou uma enorme indignação e muitos usuários o acusaram de "insensível" e de aproveitar uma tragédia para tirar proveito político.

Uma hora depois, o magnata publicou uma nova mensagem em um tom muito diferente: "Minhas condolências a Dwyane Wade e a sua família pela perda de Nykea Aldridge. Estão em meus pensamentos e orações".


Trump considera que este fato lhe dá razão na descrição que fez nos últimos dias sobre como vivem os negros nos Estados Unidos: "Pobreza. Rejeição. Uma educação horrível. Sem casas, sem posses. Níveis de criminalidade que ninguém viu", disse esta semana em um comício.

"Vocês podem ir a zonas de guerra em países nos quais estamos lutando e é mais seguro que os bairros de minorias administrados pelos democratas", acrescentou.