Em comício na Filadélfia, Obama pede votos para Hillary porque "resta trabalho a fazer"
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez campanha nesta terça-feira (13) na Filadélfia (Pensilvânia) para a candidata democrata a substitui-lo na Casa Branca, Hillary Clinton, porque "ainda resta trabalho a fazer".
Obama, que foi recebido com uma grande ovação por uma multidão com grande presença de afro-americanos, pediu votos para Hillary, que se recupera de uma pneumonia, frente à "visão pessimista" do candidato republicano, Donald Trump.
"O Estados Unidos que eu conheço são otimistas, generosos e inovadores", afirmou Obama na maior cidade da Pensilvânia, um estado-chave para as eleições.
Obama se referiu a Trump como "esse outro cara" que se define como "defensor do povo trabalhador", mas que "esconde sua declaração de impostos e deixou um rastro de processos e de pessoas enganadas".
"As pessoas não estão conscientes das exigências deste trabalho (...) Qualquer um pode soltar um tweet e ser crítico, mas isso não significa que possa conduzir uma crise internacional", ressaltou Obama.
O presidente americano - que não esteve acompanhado por Hillary, que está descansando após ter se sentido mal no domingo por uma pneumonia, nem por seu companheiro de chapa, Tim Kaine - disse que sua ex-secretária de Estado "esteve ali" e sabe as consequências e responsabilidades de um presidente que toma decisões que afetam todos.
Obama também ressaltou a necessidade da continuidade e de "manter o progresso" de seus oito anos de mandato, nos quais, segundo disse, milhões saíram da pobreza, o índice de pessoas sem seguros caiu, as relações com Cuba foram retomadas e se fechou um acordo para lutar contra a mudança climática em nível global.
"O outro cara, o senhor Trump, passou a maior parte de sua vida tentando estar o mais longe do povo trabalhador e agora sai por aí dizendo que é o guia dos trabalhadores?", questionou Obama.
O presidente americano também criticou Trump por dizer que admira o presidente russo, Vladimir Putin.
"Os republicanos, defensores da liberdade, contrários aos autoritarismos, dizem que este cara é duro por invadir um país menor que eles e controlar a imprensa", comentou o governante em referência à Crimeia (Ucrânia).
Obama ainda contrapôs a visão de uma presidência de Hillary, "constante e verdadeira" com experiência de governo, frente ao "pessimismo obscuro" e de um "país de uns contra outros" que se digladiam como em um "reality show" de Trump.
Hillary Clinton lidera as pesquisas na Pensilvânia, apesar de Trump confiar em sua vitória neste estado, que se inclinou a favor dos democratas nos últimos anos, com o apoio da classe média e rural.
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