Shimon Peres está em coma induzido após sofrer hemorragia cerebral
O ex-presidente de Israel e prêmio Nobel da Paz, Shimon Peres, de 93 anos, está em coma induzido e conectado a um respirador, após sofrer nesta terça-feira (13) uma hemorragia cerebral grave, informaram fontes médicas.
O diretor do hospital Shiva de Tel Hashomer, nos arredores de Tel Aviv, Izik Krais, afirmou que, após fazer vários exames, decidiu induzir o coma em Peres, que está entubado e acompanhado por seus familiares mais próximos, detalhou o jornal israelense "Haaretz".
Nas próximas horas, segundo afirmou o médico, a família do ex-presidente deverá tomar decisões sobre como proceder.
"Neste momento o dano (cerebral) não é o principal assunto. Estamos trabalhando para levar-lhe a um ponto em que sua vida não esteja em perigo", declarou o chefe da unidade de cardiologia do centro médico, David Orión.
O rabino chefe ashkenazi de Israel, David Lau, pediu à população que reze por Peres, "que fez muito bem em seu longo serviço pelo povo de Israel e para fortalecer a segurança" do país.
Por sua vez, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, falou esta noite com o diretor do hospital para se informar sobre sua evolução em primeira mão.
Já o sucessor de Peres à frente da presidência, Reuven Rivlin, declarou em comunicado que "acompanha com preocupação os boletins do hospital e reza com todo o povo" pela recuperação de seu "amigo Shimon".
Na segunda-feira da semana passada Peres passou por uma operação para colocar um marca-passo, após vários incidentes cardiovasculares.
No último ano, o ex-presidente israelense sofreu algumas arritmias e foi colocado em observação médica. Além disso, o veterano político se submeteu a uma operação para desobstruir uma artéria.
Peres foi presidente de Israel entre 2007 e 2014 e ocupou duas vezes o cargo de primeiro-ministro, e outras duas o de primeiro-ministro interino, além de ter sido ministro em 12 ocasiões durante as mais de seis décadas em que esteve ativo na política israelense.
Em 1994, Peres recebeu após a assinatura dos Acordos de Oslo, que hoje completam 23 anos, o prêmio Nobel da Paz, que dividiu com o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin e o líder palestino Yasser Arafat, mortos em 1995 e 2004, respectivamente.
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