Cristãos poloneses polemizam na internet ao postarem fotos com armas
Nacho Temiño.
Varsóvia, 23 set (EFE).- Dezenas de poloneses publicaram na Internet fotos nas quais aparecem segurando armas de fogo e com a hashtag #soucristão para mostrarem que estão dispostos a defender a fé, a pátria e a família como os antigos cruzados, alegando que "um cristão não pode ser pacifista".
A ideia nasceu nos Estados Unidos - só com a hashtag, mas sem as armas - após um massacre cometido em uma universidade no Oregon, em 2015, onde o atirador perguntou às vítimas se eram cristãs antes de abrir fogo, contou à Agência Efe o promotor desta iniciativa na Polônia, o pastor Pawel Chojecki, da igreja da Nova Aliança da Província de Lublin, no leste do país.
O cirurgião e ex-pré-candidato à presidência dos EUA, Ben Carson, tirou uma foto na época com um cartaz que dizia #soucristão em solidariedade às vítimas.
"Na Polônia modificamos a ideia e acrescentamos armas de fogo, que se apresentam de uma maneira não agressiva, com o objetivo de resistir à ideologia pacifista promovida pela esquerda, muito popular hoje nas igrejas cristãs", diz Chojecki, que encoraja os cristãos a se perguntarem se podem se defender quando alguém quer matá-los.
Nas fotos aparecem cristãos poloneses que vivem no país natal e também no exterior, com armas de fogo que vão desde revólveres até fuzis e carabinas esportivas.
Também na Polônia ficou muito polêmica a imagem de um jovem com várias tatuagens, incluindo a de uma cruz em uma das mãos, posando com uma escopeta e uma menina a seu lado, usando uma camisa com fotos do ex-presidente Lech Kaczynski e sua esposa, Maria, mortos em um acidente aéreo em Smolensk (Rússia) em 2010.
A iniciativa de unir religião e armas foi aplaudida por setores da extrema direita polonesa, embora Chojecki garanta que não têm a ver com nenhum partido ou movimento político.
Para este religioso, "um cristão não pode ser um pacifista, mas deve ser um cidadão responsável que, se for necessário, seja capaz de defender os frágeis, as vítimas, suas famílias e sua pátria".
"Jesus proibiu os cristãos de serem pacifistas. Além disso, se olharmos a história, podemos ver que cavaleiros e soldados cristãos guardaram nossa civilização contra as invasões bárbaras", afirmou Chojecki.
Em seguida, o pastor citou como argumento uma passagem da Bíblia: "Ele lhes disse: 'Mas agora, se vocês têm bolsa, levem-na, e também o saco de viagem; e se não têm espada, vendam a sua capa e comprem uma (Lucas 22:36)".
Apesar das fotos polêmicas, Chojecki especificou que o propósito da campanha não é pedir a legalização das armas de fogo, mas sim ressaltar que a situação na Polônia "é escandalosa quando se tenta ter acesso às armas".
"Temos a porcentagem mais baixa da Europa em armas por habitante, só uma para cada 100 poloneses, enquanto em outros países como Suíça e Espanha há mais", alegou.
As opiniões deste pastor lhe renderam várias críticas na Polônia, mas ele mantém seu convite para que qualquer pessoa "com espírito de cavaleiro cristão", sem que seja necessário mostrar afiliação religiosa alguma, se some à campanha #soucristão e envie sua fotografia com uma arma.
Os católicos são também bem-vindos, disse, embora reconheça que sua igreja não tem relações com a hierarquia católica e, além disso, acusa o papa Francisco de ser "um claro impostor que destrói a civilização europeia com suas falsas doutrinas".
Varsóvia, 23 set (EFE).- Dezenas de poloneses publicaram na Internet fotos nas quais aparecem segurando armas de fogo e com a hashtag #soucristão para mostrarem que estão dispostos a defender a fé, a pátria e a família como os antigos cruzados, alegando que "um cristão não pode ser pacifista".
A ideia nasceu nos Estados Unidos - só com a hashtag, mas sem as armas - após um massacre cometido em uma universidade no Oregon, em 2015, onde o atirador perguntou às vítimas se eram cristãs antes de abrir fogo, contou à Agência Efe o promotor desta iniciativa na Polônia, o pastor Pawel Chojecki, da igreja da Nova Aliança da Província de Lublin, no leste do país.
O cirurgião e ex-pré-candidato à presidência dos EUA, Ben Carson, tirou uma foto na época com um cartaz que dizia #soucristão em solidariedade às vítimas.
"Na Polônia modificamos a ideia e acrescentamos armas de fogo, que se apresentam de uma maneira não agressiva, com o objetivo de resistir à ideologia pacifista promovida pela esquerda, muito popular hoje nas igrejas cristãs", diz Chojecki, que encoraja os cristãos a se perguntarem se podem se defender quando alguém quer matá-los.
Nas fotos aparecem cristãos poloneses que vivem no país natal e também no exterior, com armas de fogo que vão desde revólveres até fuzis e carabinas esportivas.
Também na Polônia ficou muito polêmica a imagem de um jovem com várias tatuagens, incluindo a de uma cruz em uma das mãos, posando com uma escopeta e uma menina a seu lado, usando uma camisa com fotos do ex-presidente Lech Kaczynski e sua esposa, Maria, mortos em um acidente aéreo em Smolensk (Rússia) em 2010.
A iniciativa de unir religião e armas foi aplaudida por setores da extrema direita polonesa, embora Chojecki garanta que não têm a ver com nenhum partido ou movimento político.
Para este religioso, "um cristão não pode ser um pacifista, mas deve ser um cidadão responsável que, se for necessário, seja capaz de defender os frágeis, as vítimas, suas famílias e sua pátria".
"Jesus proibiu os cristãos de serem pacifistas. Além disso, se olharmos a história, podemos ver que cavaleiros e soldados cristãos guardaram nossa civilização contra as invasões bárbaras", afirmou Chojecki.
Em seguida, o pastor citou como argumento uma passagem da Bíblia: "Ele lhes disse: 'Mas agora, se vocês têm bolsa, levem-na, e também o saco de viagem; e se não têm espada, vendam a sua capa e comprem uma (Lucas 22:36)".
Apesar das fotos polêmicas, Chojecki especificou que o propósito da campanha não é pedir a legalização das armas de fogo, mas sim ressaltar que a situação na Polônia "é escandalosa quando se tenta ter acesso às armas".
"Temos a porcentagem mais baixa da Europa em armas por habitante, só uma para cada 100 poloneses, enquanto em outros países como Suíça e Espanha há mais", alegou.
As opiniões deste pastor lhe renderam várias críticas na Polônia, mas ele mantém seu convite para que qualquer pessoa "com espírito de cavaleiro cristão", sem que seja necessário mostrar afiliação religiosa alguma, se some à campanha #soucristão e envie sua fotografia com uma arma.
Os católicos são também bem-vindos, disse, embora reconheça que sua igreja não tem relações com a hierarquia católica e, além disso, acusa o papa Francisco de ser "um claro impostor que destrói a civilização europeia com suas falsas doutrinas".
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