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Líderes pedem mais segurança nas fronteiras da UE para conter refugiados

24/09/2016 12h21

Viena, 24 set (EFE).- Líderes de 11 países da Europa reunidos em Viena para analisar a crise migratória que abala o continente fizeram neste sábado um pedido para reforçar a segurança das fronteiras exteriores da União Europeia (UE) e destacaram a necessidade de fazer novos acordos com os países de saída dos refugiados, sobretudo o Egito.

Após várias horas de deliberações, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que o objetivo deve ser "conter a migração ilegal na medida do possível". Para isso, a Agência Europeia de Fronteiras (Frontex) deverá suas responsabilidades.

Merkel disse que as repatriações de pessoas que não têm perspectivas de asilo devem ser agilizadas por meio de acordo com países como Paquistão, Afeganistão e outros do norte da África.

"Queremos lutar contra a ilegalidade e reforçar a legalidade", ressaltou a chanceler, que esteve reunida hoje com líderes de outros dez países, entre eles Grécia, Hungria e Áustria.

O anfitrião da cúpula, o chanceler da Áustria, Christian Kern, destacou a "grande unidade" dos líderes reunidos em buscar o quanto antes novos acordos com países de saída ou trânsito dos refugiados.

Para isso, a UE deve tentar repetir o pacto firmado neste ano para a Turquia, que prevê a devolução de refugiados da Grécia para o país em troca de receber legalmente outros imigrantes na Europa.

Kern citou países africanos, como Mali, Níger e, sobretudo, o Egito, de onde partem diariamente barcos com imigrantes que cruzam o Mediterrâneo para chegar à Europa.

O chanceler austríaco destacou que, apesar do fechamento da chamada "rota dos Bálcãs" em fevereiro, cerca de 50 mil pessoas chegaram à Alemanha e outras 18 mil à Áustria.

"É um número que mostra que o fechamento da rota está funcionando, mas não em um nível que permita dizer que o problema está resolvido", alertou Kern após o término da reunião.